Não foram somente o palco principal e os paralelos que arrastaram o público nesta edição da Gramado Summit, que se encerra nesta sexta-feira (12). Desde o primeiro dia de evento, quarta (10), espaços menores e focados em atividades segmentadas de entidades com ações em educação e empreendedorismo se mantêm lotados. E com vasta programação. São arenas de conhecimento trazidas à feira por organismos como Sebrae, Fecomércio e Sesi.
Enquanto acontecia a palestra “Criatividade, comunidades e empreendedorismo”, na manhã da sexta-feira (12), com a empresária Daniela Cosme, a arena da Fecomércio recebia um público atento às dicas e conteúdo dividido de forma direta e propositiva. A gerente de marketing do Sesc-RS, integrado ao sistema, Simone Barañano, acompanhou a grade de atrações, e salienta que a proposta para o espaço é o fortalecimento de empreendimentos voltados ao setor terciário.
— Essa arena foi pensada principalmente para trazer o Lab Fecomércio, que é o nosso braço de inovação dentro do sistema Fecomércio, voltado para o seu negócio, o bem-estar e educação. Buscamos engajar todas as empresas do comércio, serviços, turismo. E o conteúdo baseado em ações que possam fortalecer esses segmentos. Fizemos questão, inclusive, que a circulação fosse de acesso a todos, estar num lugar de esquina, estratégico, perto da praça de alimentação e do palco principal, para que chame as pessoas. E, entre tudo o que foi trazido, podemos perceber que as palestras com soluções para o comércio são as que mais têm adesão do público — avalia Simone.
Visibilidade para as empresas no Sebrae X
O agito no espaço Sebrae X contagia quem se aproxima e aproveita qualquer uma das muitas atividades preparadas para a feira. A entidade que tem como foco a facilitação de abertura de empresas e suprimento de conhecimento para se manterem no mercado trouxe para Gramado uma arena com duas proposições. Além de abordar conteúdos específicos para o segmento, a batalha de startups foi outra forma encontrada de engajar o público, e manter as dependências lotadas.
Quem comanda as ações por ali é o gestor de projetos de inovação do Sebrae-RS, David Viegas. Sem cansaço, apesar dos três dias de intensas trocas e experiências entre os visitantes, ele garante que o planejamento pensado para o evento foi efetuado com sucesso.
— Nossa ideia é oportunizar às empresas que se apresentam aqui a visibilidade para exporem o seu modelo de negócio, ganhar competitividade e até fechar novos negócios. E também temos a área de conhecimento do Sebrae nacional. Nós entendemos da dor do pequeno negócio. E as startups não têm um problema de tecnologia, elas são tecnologia pura. O que falta para elas é, muitas vezes, algum conhecimento específico para fechar o melhor negócio e a rede de relacionamento. Essa aplicação que oferecemos aqui — revela Viegas.
Educação profissional e inovação no espaço do Sesi
Outro local bem disputado na Gramado Summit é o estande dividido pelo sistema Fiergs/Sesi. Desde a abertura do evento, dezenas de professores e especialistas ligados à entidade fizeram atividades com temas trabalhados nas ações implantadas em unidades e escolas espalhadas pelo Rio Grande do Sul. Nas amostragens do que é novidade e programas consolidados, os trabalhos com a Educação de Jovens e Adultos (EJA) também estiveram na vitrine.
E um tema se sobressaiu nesta sexta-feira (12). A primeira palestra do dia, conduzida pela coordenadora de tecnologias educacionais do Sesi-RS, Fernanda Arusievicz, falou sobre a robótica e todo processo tecnológico estudado por alunos da EJA, com a ideia de identificar talentos e futuros profissionais de inovação também nesse público.
— Queremos potencializar as habilidades desses alunos que estão no mercado de trabalho e voltaram para os bancos escolares para se aprimorar. E esse novo profissional tem as exigências da indústria 4.0. É o que nos leva a trabalhar na EJA a robótica. Assim, os alunos aprendem a programação, o pensamento computacional, como trabalhar o design deste robô para que ele seja efetivo. Mas vai além, porque cria a chance de trabalharem também as relações interpessoais e o posicionamento crítico — defende Fernanda.