Valores acordados entre organização e produtores. A 34ª Festa Nacional da Uva divulgou aos agricultores que irão fornecer a fruta para o evento que pagará R$ 4,30 o quilo das uvas não protegidas e R$ 5 das protegidas. Para efeitos de comparação, em 2022 foram pagos R$ 2,60 e R$ 3, respectivamente. São 31 propriedades que irão disponibilizar 150 toneladas do produto aos visitantes, tanto nos pavilhões quanto nos desfiles. Nesta edição, serão oferecidas as variedades isabel e niágara (branca e rosada).
Os preços foram apresentados nesta quarta-feira (17) pela Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa), em evento com a participação dos produtores, na prefeitura. Na oportunidade, também foi definido o período de entrega das uvas, que inicia no próximo dia 29, e irá variar de acordo com o ponto de maturação dos parreirais selecionados.
O secretário de Agricultura, Rudimar Menegotto, revela que os números finalizados foram obtidos por meio de uma média de mercado e respeito ao orçamento que a feira trabalha.
— Nos últimos dias, consultamos vários mercados compradores pare chegar aos valores que divulgamos. Entendemos a situação muito difícil do produtor que vive um ano com perda de safra e enfrenta uma oferta menor, mas a festa tem um orçamento e buscamos ficar dentro disso — aponta.
O agricultor Lucas Tonietto, 37 anos, morador da 3ª Légua, entregará cerca de 10 toneladas para o evento. Ele avalia que os preços anunciados correspondem com o que mercado vem exercendo.
— Claro que o produtor sempre vai querer um valor maior, até pelo ano difícil que tivemos, mas ficou dentro da realidade.
Tonietto também exalta o orgulho de fazer parte do principal evento da cidade fornecendo a estrela da festa.
— É um motivo de alegria fornecer a fruta para quem vai visitar a nossa cidade e mostrar o nosso produto para os mais diversos lugares do Brasil — cita.
Elton Mugnaga, 32, que também produz em São Pedro da 3ª Légua, vai entregar cinco toneladas da uva para a festa. Apesar de considerar um valor aquém do esperado, afirma que seguirá fornecendo a fruta.
— Até pelas perdas, seria um valor meio baixo, mas a gente entende pela quantidade que é comprada. Não foi um valor tão justo, mas a gente compreende.
Quanto ao papel do produtor, salienta a continuidade de uma tradição.
— Cada ano é diferente e sempre aprendemos mais, além de seguir um envolvimento que vem lá dos nossos avós — conclui Mugnaga.