Comemorando as bodas de prata da empresa Volare, unidade da Marcopolo voltada aos micro-ônibus, o diretor de Operações Comerciais e Marketing da companhia, Ricardo Portolan, relembra a trajetória e traça o futuro da gigante caxiense fundada há 25 anos.
A empresa nasceu em 1998 como uma oportunidade de negócios da Marcopolo frente ao mercado internacional, principalmente o asiático. Na época, o transporte urbano com micro-ônibus crescia e era feito, principalmente, com a tradicional "besta", da marca Kia. Hoje, a Volare é líder no mercado nacional e representa cerca de 25% das receitas da Marcopolo. Em 2022, foram 4.685 unidades vendidas e recorde de faturamento mensal em dezembro de 2022, com R$ 225 milhões. Além do recorde de faturamento anual em 2022, com R$ 1,5 bilhão.
Nesta entrevista concedida ao Pioneiro durante a reunião-almoço (RA) da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC Caxias), no dia 31 de julho, o diretor Ricardo Portolan fala sobre a história da companhia, prospecta o futuro da companhia e destaca a importância da empresa para o município e para a região.
Tão importante quanto a história, quais as prospecções para o futuro da Volare? O que enxerga daqui para a frente?
Os últimos 25 anos, sem dúvida, foram de sucesso. Para o futuro, a prospecção é de ainda mais crescimento, mais inovação, evolução. Sem dúvida, um futuro fantástico neste caminho que a Volare faz de inovar, trazer novos produtos, criar novos segmentos, novos mercados e com um time que é sensacional.
Pelos números apresentados, a Volare detém um nicho muito expressivo no mercado brasileiro. Qual foi o impacto da empresa no segmento durante estes 25 anos?
É bastante significativo, porque a Volare atua de maneira única no Brasil e no mercado. É um produto completo, com um modelo de negócio diferente, muito próximo do que é o mercado automobilístico, com a pronta-entrega, com concessionários, com produtos bastante dedicados e para segmentos específicos. E essa mudança que ocorreu nos 25 anos, essa evolução, sem dúvida, alterou o mercado. Atualmente, o cliente, segundo uma pesquisa que fizemos recentemente, mais de 80% pensa primeiro na Volare.
O que a história da empresa representa para a região da serra?
É uma história bastante importante. Uma marca do grupo Marcopolo que cresceu, também, dentro do grupo. Atualmente, representa 25% da receita do grupo Marcopolo, então é um processo de crescimento bastante importante. Junto desse crescimento do negócio, veio o crescimento da comunidade que estamos inseridos, seja nos clientes, parceiros, fornecedores. É um crescimento que a empresa faz e que acompanha a região e parceiros.
Qual é o panorama da presença da Volare no Brasil atualmente?
A capilaridade da Volare é muito grande. Em termos de pontos, concessionárias, são 48 no país. A última foi inaugurada em junho, em Natal, no Rio Grande do Norte. É uma representatividade muito grande no Brasil, que é onde ela nasceu e atua. Podemos dizer com bastante tranquilidade que qualquer cliente, em qualquer lugar do Brasil, que deseja um micro-ônibus, vai pensar na Volare como primeira opção.
Sobre os mercados internacionais, a Volare já chegou na América Latina, África e Ásia. O que falta a partir de agora? Chegar em novos lugares ou se consolidar nos que já estão?
São as duas coisas: seguir crescendo nos países onde já estamos e também chegar a novos países. Já estamos em 40 países, com veículos rodando, e o plano é de crescimento em âmbito internacional.
Os veículos autônomos são a maior aposta da Volare para o futuro?
Eu diria que é uma das apostas para o futuro. É um veículo que apresentamos recentemente. Vemos ele como algo do futuro, mas quando será o futuro é um ponto de interrogação, porque existe uma evolução de produto, mas também uma necessidade de um conjunto de evoluções. Seja em legislação, ambientes para o veículos rodar. Que sejam bem evoluídos. Temos vários produtos com novas tecnologias em desenvolvimento.
Sobre os veículos elétricos, sabemos que a questão ambiental é uma grande preocupação em âmbito mundial. De que forma a Volare se prepara para isso?
O produto elétrico já foi desenvolvido. Temos um produto que foi lançado há cinco anos em parceria com um fabricante de chassis e seguimos acompanhando esse movimento de descarbonização do planeta, da redução de emissão de carbono. A Volare se preocupa e faz parte dessa transição para os veículos elétricos.
O que a Volare representa para a Marcopolo?
A Volare dentro do grupo Marcopolo representa 25% das receitas. Ela vem crescendo, cresceu até de uma forma mais acelerada. O plano estratégico é de seguir crescendo cada vez mais, junto com a Marcopolo.