A taxa de desocupação, que mede o desemprego no país, recuou para 8,7% no trimestre encerrado em setembro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da menor taxa desde junho de 2015 (8,4%). A pesquisa divulgada não detalha a situação por município, por isso, o Pioneiro procurou o Sine de Caxias do Sul para ver como está a disponibilidade e a procura por vagas de emprego no momento.
Na maior cidade da Serra, a coordenadora da agência do Sine, Zenaira Hoffmann, analisa que, desde agosto, o município está tendo saldos positivos em relação ao emprego. Só nesta quinta-feira, eram 340 vagas abertas. Em relação ao atendimento, Zenaira diz que são, no mínimo, 150 pessoas/dia em busca de uma nova oportunidade ou de reinserção no mercado de trabalho.
—Nessas últimas semanas, nunca baixa de 300 vagas. Caxias tem muitas indústrias e elas vêm ampliando (o número de vagas). A questão é que tem muita mão de obra e poucas pessoas qualificadas. As empresas buscam pessoas com ensino médio e muitas não têm. Aqui tem muitas vagas, mas muitas pessoas não se encaixam pela qualificação — alerta a coordenadora.
Já sobre a pesquisa nacional que mede o desemprego, o Pnad Contínua, o resultado de setembro no país representa queda de 0,6 ponto percentual na comparação com o trimestre anterior, terminado em junho (9,3%). Frente ao mesmo período de 2021 (12,6%), o recuo foi de 3,9 pontos percentuais.
O contingente de pessoas ocupadas cresceu 1% no trimestre e chegou a 99,3 milhões de pessoas — recorde na série histórica, iniciada em 2012.
Já a população desocupada — 9,5 milhões de pessoas — chegou ao menor nível desde o trimestre terminado em dezembro de 2015. Conforme o IBGE, são 4 milhões de pessoas a menos nessa situação no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado foi de 36,3 milhões, subindo 1,3% (482 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e 8,2% (mais 2,8 milhões de pessoas) na comparação anual. Já o número de empregados sem carteira assinada foi o maior da série histórica, apresentando elevação de 13% (1,5 milhão de pessoas) no ano.
Ainda conforme o IBGE, o rendimento médio foi de R$ 2.737, alta de 3,7% em relação ao trimestre anterior e de 2,5% na comparação anual.