Diante de um cenário completamente diferente do tradicional em função da pandemia, a próxima edição da Festa da Uva deve distribuir ao menos 150 toneladas da fruta a visitantes dos pavilhões e espectadores dos desfiles. O número é menor que as 180 toneladas de última festa, mas técnicos da Secretaria Municipal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Smapa) não descartam que a quantidade atinja a marca de 200 toneladas, já superada em edições passadas.
A margem de 50 toneladas nas previsões a pouco mais de quatro meses do início do evento é reflexo da incerteza causada pela pandemia, relata o titular da Smapa, Rudimar Menegotto. De acordo com o secretário, em edições anteriores, o total distribuído variava pouco.
— Agora temos certeza que a festa vai acontecer, mas não vai ser no formato normal, provavelmente. Nas outras festas tínhamos uma certeza da quantidade distribuída. Agora não sabemos como estarão os protocolos em fevereiro — aponta.
A próxima edição também voltará a ter distribuição de uvas aos espectadores dos desfiles, o que deve puxar para cima o total a ser adquirido pela organização. Na última edição, o consumo ocorreu apenas nos pavilhões, contribuindo para a redução no total entregue aos visitantes.
Para debater os primeiros passos, a Smapa realizou nesta terça-feira (5) uma reunião com agricultores do município. Entre os 30 produtores que compareceram, estavam tradicionais fornecedores da festa, que também participam da exposição de uvas.
A reunião apresentou os critérios de fornecimento e novas normas para o setor, que serão seguidas pela organização do evento, como a rastreabilidade da produção, aspectos técnicos do manejo e a qualidade da fruta. As variedades que serão distribuídas aos visitantes serão isabel, niágara branca e niágara rosada.
Um novo encontro entre a Smapa e os produtores está marcado para dezembro, quando deve ser discutido o preço e a logística de fornecimento.
— Se o mercado está exigindo a rastreabilidade, por exemplo, vamos exigir também. O preço nem foi discutido porque não se sabe como vai estar o mercado até lá — explica Menegotto.