O custo da cesta básica de Caxias do Sul, em abril de 2021, chegou a R$ 1.016,15. Isso significa que, para comprar os 47 produtos analisados, o consumidor tem que desembolsar R$ 98,08 a mais do que era preciso em abril de 2020. Em doze meses, o acumulado chega a 10,68%. O maior aumento foi verificado nos alimentos, 13,19%. Já os produtos não alimentares apresentaram um acréscimo de 0,55%, no mesmo período.
Assim como vem ocorrendo recorrentemente, o gasto para a compra da cesta básica cresceu em abril sobre o mês anterior. O aumento foi de R$ 1,68. Portanto, a variação foi menor que a verificada entre fevereiro e março, quando o acréscimo foi de R$ 6,66.
Dos 47 produtos avaliados em abril, 19 aumentaram de preço, 25 tiveram redução e três permaneceram iguais. Os cinco produtos que mais contribuíram positivamente para a variação do custo da Cesta, entre março e abril, foram a maçã nacional, mamão, massa caseira fresca, tomate e laranja.
Na ponta oposta, destacaram-se pela redução de preços o alface, xampu, papel higiênico, açúcar cristal e o salsichão. Os dados são resultado de estudo do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (IPES) da Universidade de Caxias do Sul (UCS) e foram divulgados nesta sexta-feira (28).
Inflação de 0,58% em abril
O IPES também divulgou nesta sexta-feira o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). A inflação em Caxias do Sul no mês de abril foi de 0,58% contra 1,28% no mês anterior. Com esse resultado, a variação percentual acumulada do IPC-IPES nos doze meses alcançou 7,22%.
Do total de 320 itens que compõem a estrutura do Índice de Preços ao Consumidor, 120 aumentaram de preços no mês de abril de 2021, 80 tiveram seus valores reduzidos e 120 permaneceram com seus preços inalterados.
O documento, assinado pelo economista Mosár Leandro Ness e pelo diretor do IPES, Roberto Birch Gonçalves, aponta que atual cenário torna difícil qualquer tipo de previsão sobre o comportamento dos preços neste momento. “O ano de 2021 iniciou com uma tendência de alta nos preços, que tem se mantido constante. Os impactos de 2020 ainda irão ser sentidos por um tempo relativamente grande, a desorganização nos preços pode ser atribuída ao efeito das medidas de restrição adotadas ao longo da pandemia. Todavia, essa não é a única responsável pela elevação dos mesmos, o impacto da desvalorização cambial também já foi em parte absorvidos pelos preços domésticos”, diz o documento.