Uma manifestação reuniu um grupo de empresários do ramo gastronômico na frente da prefeitura de Caxias do Sul na manhã desta segunda-feira (15). Donos de restaurantes protestaram contra a ampliação de restrições após a mudança para bandeira vermelha na região da Serra no mais recente decreto do governador Eduardo Leite (PSDB). O documento regra as medidas de distanciamento para enfrentamento do coronavírus no RS.
— Pelos empresários, podemos continuar abertos para reverter essa bandeira. Se tivermos que fechar, muita gente vai ter de fechar mesmo. Não temos mais condições de parar, e não temos mais ajuda dos governos para segurar funcionários — afirma o presidente do Sindicato Empresarial de Gastronomia e Hotelaria (SEGH) da região Uva e Vinho, Vicente Perini.
Perini formalizou o pedido dos empresários junto ao prefeito Flavio Cassina, que prometeu reverberar a demanda ao governador. Também foi elaborada uma carta para ser repassada a Eduardo Leite abordando a reivindicação e reiterando a capacidade hospitalar da região como argumento para manutenção dos atendimentos com as mesmas restrições que vogoravam na última semana, ou seja, autorizando a recepção de público, com adoção de medidas sanitárias e ocupação máxima de 50% das mesas.
Após a conversa com o prefeito, o presidente do Segh falou com os empresários que estavam em frente ao centro administrativo. Entretanto, contrariando as recomendações, Vicente Perini não usou a máscara para fazer o comunicado. Ele se defende alegando que foi uma fala "rápida" e distante das demais pessoas.
— Eu falei com distância de todo mundo. E foi só uma fala, não foi discurso, só repassei a informação. Me pediram para tirar a máscara para que pudessem ouvir, mas eu estava longe das pessoas — diz.
Para esta segunda-feira, a categoria conseguiu autorização da prefeitura para funcionar sem as novas restrições previstas pela bandeira vermelha. As medidas para restaurantes não permite a abertura de locais que funcionem no sistema self-service, já restaurantes a la carte, prato feito, buffet sem autosserviço, lanchonetes e padarias só podem atender clientes em sistema de telentrega, drive-thru e pegue e leve, com 50% de trabalhadores.