Segundo pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) divulgada em janeiro, guardar dinheiro é a principal meta financeira do brasileiro para 2020 (49%).
Este objetivo não é novidade, pois o resultado repetiu o do ano passado. Porém, 83% dos entrevistados relatam que não conseguiram realizar os desejos ligados a finanças que anotaram para 2019.
Carlos Terceiro, CEO e fundador da Mobills, startup que tem um aplicativo para gestão de finanças pessoais, pontua nove dicas para se planejar e colocar em prática as metas de Ano Novo, para que neste ano os planos saiam do papel.
Confira:
1. Limite seu orçamento
Estabelecer cotas mensais fixas reduz as chances de desperdício. As áreas da saúde, moradia, transporte e alimentação são essenciais, então devem ser priorizadas. Com isso, separar uma quantia fixa para usar com os extras evita o consumo exagerado com itens desnecessários.
2. Necessidade
Fazer uma lista do que deseja comprar é passo fundamental para a organização. Dividir os itens nas categorias "quero" e "necessito" faz com que os produtos da segunda categoria possuam prioridade em relação aos da primeira. Usar a técnica chamada "3 Ps e 1 Q" pode ser uma ótima opção. O consumidor tem que perguntar a si mesmo se realmente "precisa" do que ele quer adquirir, se ele pode “pagar” por aquilo, se o "preço" está bom e se ele realmente ele "quer" aquilo, evitando o impulso.
3. Organização
Um dos maiores problemas dos gastos com compras excessivas é a perda de controle por falta de organização. Roupas, calçados, livros e tudo aquilo que leva ao desejo do consumo sempre devem estar muito bem organizados e à vista para que você se lembre de tudo que já tem.
4. Cuidado com o cartão de crédito
Inicialmente, uma compra de valor baixo pode parecer inofensiva, mas o acúmulo de pequenos gastos pode comprometer o orçamento dos meses seguintes. Ao optar por pagamentos parcelados, inclua o valor da fatura no seu planejamento de compras. Mas dê preferência por opções à vista e evite ao máximo recorrer ao cheque especial.
5. Comparação de preços
Atualmente, com a ajuda da internet, pesquisar sobre a variação de preços de um mesmo produto pode render uma boa economia. Os valores podem variar das lojas físicas, onlines às multimarcas. Ficar atento aos cupons de desconto pode ser interessante. Um grande número de sites de compras, de quase todos os segmentos, oferece voucher de descontos.
6. Corte de gastos
Em casos da renda mensal ser menor ou próxima do total de gastos, a verificação de possíveis cortes é a melhor alternativa, para evitar situações sufocantes em que a única saída seriam os empréstimos. Atividades de lazer e entretenimento de alto custo podem ser substituídas por opções mais baratas e até mesmo gratuitas.
7. Poupança
Guardar mensalmente uma parcela da renda total traz grandes benefícios, principalmente a longo prazo. A construção de uma poupança gera uma segurança maior dentro do planejamento financeiro. Uma maneira para estimular essa poupança é estabelecer metas e aplicar o dinheiro em algum investimento que proporcione rendimentos.
8. Reserva para emergências
Imprevistos acontecem a qualquer hora, por isso é primordial ter uma quantia guardada para situações extremas. A reserva de emergência pode variar dependendo de cada pessoa, porém normalmente ela representa seis vezes o valor do custo fixo mensal. É essencial para alcançar a tranquilidade financeira ter essa reserva.
9. Software de controle de finanças pessoais
Um sistema de controle financeiro pode ajudar na organização e planejamento dos gastos mensais, mostrando cada passo e consequência das compras. Alguns aplicativos facilitam o controle do orçamento de maneira simples com uma análise completa sobre ganhos e gastos, centralizando as informações sobre contas, cartões, investimentos, despesas e rendas e permitindo que o usuário cadastre objetivos financeiros de curto, médio e longo prazo.