Mais do que um espaço de oportunidades para startups e investidores, o Mind7, iniciado nesta sexta-feira e que se encerra neste sábado, é um universo de descobertas. Ao descer a esteira rolante do Centro de Eventos da Festa da Uva, as novidades surgem já no passo seguinte, onde o primeiro expositor exibe o que se autoproclama como "o primeiro fast-food robotizado do Brasil".
A máquina é uma engenharia complexa, que funciona como uma máquina de café, com a diferença de que produz alimentos (frituras) e serve embalados e bebidas. Apesar de robusta, a estrutura foi toda projetada pelo administrador caxiense Fábio Rezler _ e construída pela empresa Auttom. Questionado sobre quantos sócios e funcionários estão envolvidos na gestão da empresa, Rezler é enfático:
— Só eu.
Alguns metros à frente, a Microblast Games também chama atenção ao dispor de um simulador de realidade virtual para experimentação aos visitantes. Questionado sobre qual estrutura de pessoal, o fundador da empresa, Rafael Capelini Carminatti, afirma:
— Atualmente somos em três.
E é justamente essa característica que se observa nos mais de 80 guichês de startups espalhados pelo local: grandes ideias administradas por negócios enxutos. Por outro lado, é prospectando algo além do "enxuto" que a maioria das pequenas empresas busca aproveitar o evento. Ali, empreendedores, investidores, aceleradoras e palestrantes trocam experiências, ideias e projetam parcerias.
Segundo a coordenadora da feira de startups do Mind7, Marina Poloni, o aproveitamento dos participantes é perceptível.
— Percebemos a presença de pessoas que são totalmente leigas no assunto, o que é incomum para esse tipo de evento, até negócios encaminhando parcerias com aceleradoras e investidores — comenta.
No primeiro dia, todas as palestras — que aconteciam de forma simultânea — apresentaram grande procura. Somente na sexta-feira, a organização estimou que mais de duas mil pessoas prestigiriam o evento. Apesar de aberto a população, a maior parte do público era formada por interessados ou envolvidos no universo startup.
— Não imaginávamos que teríamos esse sucesso já no primeiro ano. Superou as expectativas. A meta era de 1,5 mil, o que já era uma estimativa pretensiosa. Porém, antes de o evento começar, já tínhamos vendido mais de 2,2 mil ingressos — destaca Marina.
Primeiro dia rendeu
A organização afirma ainda não haver números de negociações e parcerias com aceleradoras no primeiro dia do Mind7. No entanto, Marina ressalta que houve grande movimentação entre startups, aceleradoras e investidores.
Ana Lúcia Brancher, CEO da startup Trade Brazil, que funciona como um catálogo digital de empresas de pequeno e médio porte da indústria para o mercado externo, confirmou ao Pioneiro que o primeiro dia de atividades rendeu bons negócios:
— Engatamos mais cinco hoje (sexta-feira) — informou.
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