Nos últimos três anos, Caxias do Sul ganhou 15.350 novos motoristas. Por ano, cerca de 5 mil jovens caxienses ingressam no competitivo trânsito nas ruas da cidade. Em 2018, no entanto, a redução na corrida pela primeira Carteira Nacional de Habilitação (CNH) foi de 19%. Pouco mais de 4 mil adquiriram o documento (quadro ao lado). Na comparação com 2016, a redução é ainda maior: 24%. Os dados são do Departamento de Trânsito do Rio Grande do Sul (Detran/RS).
Para a proprietária da CFC São Cristóvão, Natalina Silvestrin, a queda pela procura se deve principalmente ao fato de haver menos dinheiro circulando no mercado. A crise reduziu o poder aquisitivo e a CNH deixou de ser prioridade.
Desde 1º de fevereiro deste ano, fazer a carteira para a categoria B (carro) custa R$ 2.270,76 – R$ 84,10 a mais. Já para categoria A (moto), a primeira CNH custa R$ 1.950,51 — aumento de R$ 72,40.
— Ainda temos uma indefinição econômica no cenário. Isso acaba atrapalhando os negócios em todos os setores — argumenta Natalina.
Mesmo assim, segundo a empresária, pelo menos mil pessoas por mês passam pela escola para buscar os mais diferentes serviços, que incluem renovação e recuperação da carteira. Ela admite que o custo para adquirir o documento é pesado, mas argumenta que a estrutura exigida também tem valor alto. Ela cita a renovação da frota de veículos, as constantes adequações na estrutura física da escola e o aperfeiçoamento no conhecimento como exemplos.
— O problema não está em fornecer a carteira, mas o que é necessário para oferecê-la — justifica a empresária.
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