As exportações do polo moveleiro de Bento Gonçalves seguem puxando a curva de desempenho para índices positivos nesse ano. De janeiro a setembro o crescimento foi de 8,9%, em relação ao mesmo período de 2017, passando de US$ 26 para US$ 28 milhões.
O incremento no setor de Bento é superior ao do Estado, que teve fomento de 4,7% no período. Por outro lado, ficou inferior ao do Brasil, em que as exportações de móveis subiram 11,5% de janeiro a setembro, com destaque para os Estados. Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior do MDIC.
Apesar dos índices positivos, o diretor internacional do Sindicato das Indústrias do Mobiliário de Bento Gonçalves (Sindmóveis), Leonardo Dartora, pondera que o aumento de preços e custo de produção acaba anulando um crescimento real para a indústria moveleira de Bento Gonçalves.
O setor tem sido impactado pelo aumento do frete, da energia elétrica e das chapas de MDF e MDP — essas com um reajuste entre 5% e 10%. Além disso, tem reajuste nos acessórios moveleiros precificados em dólar, o que aperta ainda mais a composição do preço dos móveis.
— Comemoramos os dados, mas há muito caminho até voltarmos aos patamares de 2010 e 2011, próximos a US$ 60 milhões anuais, e pré-crise financeira de 2008/09, quando o polo chegou a exportar mais de US$ 80 milhões anualmente — avalia Dartora
Principais mercados
Países como Colômbia e Estados Unidos ganharam posições entre os cinco principais destinos para os móveis de Bento Gonçalves, além da Arábia Saudita, Chile e Uruguai, com aumentos significativos nos embarques no período. Índia, Equador, Porto Rico e África do Sul também tiveram negociações importantes com o polo no período.
Por outro lado, mercados tradicionais, como a Argentina e Paraguai, estão perdendo espaço ao longo do ano, especialmente devido aos problemas econômicos e cambiais enfrentados no país argentino.
DESTINOS
1. Uruguai
2. Peru
3. Chile
4. Colômbia
5. Estados Unidos
6. Argentina
7. Paraguai
8. México
9. Árabia Saudita
10. Panamá
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