Até o momento, não foi iniciado o abastecimento no único posto que tem combustível para fornecer aos motoristas em geral. Após anúncio de que iria comercializar gasolina para a população, o proprietário do posto Petroparque informou que não tem segurança para iniciar o fornecimento e que só o fará quando o resto da cidade receber combustível.
A liberação para o consumidor comum havia sido acordada na manhã desta terça-feira, mas diante da pressão de manifestantes que estão no posto, a direção recuou para evitar conflito. O dono do posto chegou a anunciar que o acordo previa o abastecimento de R$ 50 por pessoa. Revoltadas com a quantia anunciada, pessoas que aguardavam atendimento jogaram um sofá contra o proprietário e ameaçaram colocar fogo no posto.
A Brigada Militar garante que faz a segurança para garantir o abastecimento. Uma longa fila de veículos se forma no local desde o início da tarde.
O posto na Avenida Doutor Mário Lopes com a RSC-453, a Rota do Sol, no bairro Santa Fé, em Caxias do Sul, recebeu 30 mil litros de gasolina. O tanque era um dos cinco que estavam retidos por manifestantes na concessionária Dipesul (Volvo), no bairro Santa Lúcia.
O acordo havia sido feito entre os manifestantes e representantes do Sindicato das Distribuidoras de Combustíveis do RS (Sindisul), Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, de Empresas de Garagem, Estacionamento, de Limpeza e Conservação de Veículos e Lojas de Conveniência de Caxias do Sul e Região (Sindipetro), Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) e Brigada Militar. A prefeitura foi convidada para participar da reunião que definiu o acordo, mas não mandou representante.
O comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (12º BPM), tenente-coronel Jorge Ermerson Ribas, afirma que está no posto para garantir a segurança e que atuará para evitar qualquer bloqueio. O tenente-coronel informa que não há possibilidade de os outros quatro tanques de combustível que estão na concessionária da Volvo serem distribuídos para outros postos, pois a distribuição no posto do Santa Fé é resultado da negociação da manhã.
— Não tem mais negociação. Agora temos de nos preocupar em não aumentar o problema, para depois começar a trabalhar para diminuí-lo - afirmou Ribas.