Uma breve passagem pela Ceasa Serra e já foi possível perceber espaços vazios nos gradis e nos boxes que costumam estar cheios de produtos. É que com o bloqueios de caminhoneiros nas rodovias do país as cargas que viriam das regiões Sudeste e Nordeste ficaram paradas no caminho ou nem chegaram a sair dos pontos de origem.
– No transporte, houve um impacto. São os que mais estão sofrendo, mais do que os produtores, porque estes ainda conseguem chegar aqui. Mas os boxistas (atacadistas, que compram produtos de fornecedores de outros estados e trazem, por conta própria ou por meio de frete, para vender na região), desde segunda-feira, não recebem cargas – comenta o gerente da Ceasa Serra, Marcelo Nunes.
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O efeito direto é na distribuição de hortifrutigranjeiros para mercados e fruteiras de Caxias. Além disso, os 23 compradores cadastrados que vêm à Ceasa buscar mercadorias para levar para os seus municípios talvez não consigam chegar à cidade em função dos bloqueios e, se chegarem, não encontrarão produtos para transportar, pelo menos, não na quantidade pretendida.
– Nosso caminhão está parado em um posto em São Paulo. Hoje (ontem) tem (mercadorias). Amanhã (hoje) não sabemos. Se os caminhões não chegarem vai começar a faltar – disse o atacadista Marcelo Girelli que atende a mais de cem compradores na região.
Mas, caminhando pelo local, é possível encontrar atacadistas com estoque de produtos, até em função do frio dos últimos dias que fez com que as vendas diminuíssem. Enquanto isso, existem produtores locais que têm conseguido driblar os bloqueios e chegar à Ceasa, trafegando por estradas de chão vicinais.
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