Pela primeira vez na história do comércio caxiense, uma pesquisa revela o perfil do consumidor em uma das datas mais importantes para o setor: a venda de chocolates para a Páscoa. O levantamento foi contratado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias e apresenta dados como o que o consumidor vai comprar, quanto pretende gastar e como vai pagar. Um dos dados revela que 95% dos entrevistados pretendem ir às compras. A maioria também garante que vai comprar chocolates e não outro produto para presentear. Os ovos e bombons devem liderar o ranking das compras.
É o que pensa a auxiliar de laboratório Luciana Correia de Oliveira, 31 anos. Ela não tem filhos, mas gosta de presentear os sobrinhos e afilhados. E para eles, tem que ser o símbolo da Páscoa.
— Um ovo ou um coelho — revela.
Ela confessa que está pesquisando os preços e pretende gastar cerca de R$ 200 para as quatro crianças. Assim como revela a o estudo da CDL, o ticket médio de Luciana vai ficar entre R$ 40 e R$ 50. Os lojistas estão otimistas — 90% esperam crescimento nas vendas ou o mesmo percentual do ano passado.
— Os negócios estão se mantendo na mesma proporção de 2017 — aponta Juan Amaral, gerente da Gramadowey, feirão de Páscoa que acontece há cinco anos em Caxias.
A pesquisa, contratada pelo Núcleo de Informações de Mercado da CDL, foi produzida pela Mfischer, empresa de gestão de marketing de Caxias do Sul, com 427 pessoas dos bairros Centro, São Pelegrino, Rio Branco, Pio X, Cruzeiro, Fátima e Cidade Nova, durante o período de 7 a 10 de março.
Presentear é uma tradição
Na família Sanches não há crise que quebre a tradição de presentear. Mesmo não tendo crianças, a família de 10 pessoas não abre mão do prazer de acordar no domingo de Páscoa com os ovos ao lado da cama. Na tarde desta sexta-feira, os pais Alexandre e Geovana Sanches pesquisavam as opções e os preços com a filha Sandy, 15 anos.
— Tenho todos os filhos com mais de 12 anos, mas pelo menos um ovinho eles vão ganhar — garante Geovana.
A filha Sandy também conta com o seu presente. Na loja de doces, ela sugeria produtos e preços que coubessem no orçamento da família.
— É uma tradição lá em casa. Não abrimos mão dela — garante.
Na Páscoa dos Sanches também vai ter uma grande mesa com muita comida.
— A casa fica cheia — orgulha-se o patriarca, Alexandre.