Nesta segunda-feira, uma nova modalidade tarifária de energia elétrica passa a estar disponível para consumidores com média mensal superior a 500 quilowatts/hora (kWh) e para novas ligações. É a tarifa branca, criada para incentivar a melhor distribuição do consumo de energia conforme o dia e o horário, e que será oferecida para unidades consumidoras atendidas em baixa tensão, como residências e pequenos comércios.
Com a tarifa branca, o consumidor passa a ter a possibilidade de pagar valores diferentes em função da hora e do dia da semana em que consome a energia elétrica. Se o consumidor adotar hábitos que priorizem o uso da energia nos períodos de menor demanda (manhã, início da tarde e madrugada, por exemplo), a opção pela tarifa branca oferece a oportunidade de reduzir o valor pago pela energia consumida. Nos dias úteis, a tarifa branca tem três valores: ponta, intermediário e fora de ponta.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), todas as distribuidoras do país deverão atender aos pedidos de adesão à tarifa branca das novas ligações e dos consumidores com média mensal superior a 500 kWh.
Se o consumidor, porém, achar que a tarifa branca não apresenta vantagem, ele pode solicitar sua volta à tarifa convencional. A distribuidora terá 30 dias para atender ao pedido. Todavia, se voltar à tarifa branca, o consumidor terá um período de carência de 180 dias. Por isso, é importante que, antes de optar pela tarifa branca, o consumidor examine seu perfil de consumo para ver qual tarifa lhe atende melhor.
De acordo com a Aneel, a tarifa branca não é recomendada para quem concentra o consumo nos períodos de ponta e intermediário, porque o valor da fatura pode subir. A tarifa branca não se aplica aos consumidores residenciais classificados como baixa renda, beneficiários de descontos previstos em lei, e à iluminação pública.
Para mais informações sobre a tarifa branca, o consumidor pode consultar o site da Aneel (www.aneel.gov.br).
Quem poderá aderir à tarifa branca?
Consumidores com média mensal superior a 500 quilowatt/hora (kWh) e para novas ligações. A adesão será uma opção do consumidor e a solicitação deverá ser atendida pela distribuidora em até 30 dias;
Quais os benefícios da tarifa branca?
A tarifa branca reflete o uso da rede de distribuição de energia elétrica de acordo com o horário de consumo. Assim, quando o consumidor centraliza seu consumo no período fora de ponta, pode reduzir seus gastos com energia elétrica e, ao mesmo tempo, melhorar o fator de utilização das redes – o que reduz ou posterga investimentos.
Como saber quando optar pela tarifa branca?
É a melhor opção para consumidores atendidos em baixa tensão que tenham ou que possam ter grande parte de seu consumo concentrado nos períodos fora de ponta.
Comparada com a tarifa convencional, a tarifa branca pode resultar em redução na conta de luz do consumidor na medida em que houver possibilidade de deslocar o consumo de energia elétrica do período de ponta para o de fora de ponta (dependendo da relação entre os valores da tarifa branca fora de ponta e o valor da tarifa convencional).
Em que situações é vantajosa a migração para a tarifa branca?
Antes de optar pela tarifa branca, é preciso que o consumidor faça uma análise sobre o seu perfil de consumo e os hábitos de utilização da energia elétrica ao longo do dia, comparando-os com os períodos de ponta e intermediário definidos para a distribuidora que o atende.
Bandeira verde em janeiro
A Aneel informou que as contas de luz terão bandeira verde no mês de janeiro. Com isso, os consumidores entram o ano sem ter de pagar taxa adicional no primeiro mês. Em dezembro, vigorou a bandeira vermelha em seu primeiro patamar, cuja taxa é de R$ 3 a cada 100 quilowatts/hora (kWh) consumidos. A mudança da bandeira foi possível em razão do aumento das chuvas nas últimas semanas, que ajudaram a recuperar o nível dos reservatórios das hidrelétricas.
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