Na contramão das principais culturas da Serra, que terão menor quantidade nesta safra, o figo terá uma colheita recorde. Ao todo, devem ser produzidas 1,9 mil toneladas da fruta na região, conforme a Emater Caxias do Sul, um volume 22% maior do que no ano passado. Em relação a 2017, serão geradas 300 toneladas a mais da fruta.
O assistente regional de Fruticultura da Emater Caxias, Enio Todeschini, constata que a colheita está adiantada em torno de 20 dias, em função do clima mais quente durante este inverno. Ainda assim, a fruta conseguiu superar a marca de 100 horas em temperaturas abaixo de 7,2 graus, o mínimo recomendado.
– O figo começou a brotar cedo, com maior número de folhas. Normalmente, depois da terceira ou quarta folha, uma tem um figo. Nesta safra há muitas folhas com até dois figos – explica Todeschini.
Na Serra são cultivados três tipos de figo. O roxo de Valinhos é o mais comum, presente em 70% da área plantada, e geralmente é encontrado in natura nos mercados. Já o figo pingo de mel, de cor branca, representa 20% da produção e seu uso se dá na fabricação de doces à base da fruta. Ainda há o figo preto, utilizado nas marmeladas, que tem a menor fatia do cultivo.
Festa do Figo
Terceiro maior produtor da fruta no Rio Grande do Sul, Nova Petrópolis se prepara para realizar a 45ª edição da Festa do Figo. O evento ocorre entre 3 e 4 de fevereiro, na localidade de Linha Brasil, no interior do município. Ao todo, a expectativa é contar com 450 expositores, que vão comercializar figo in natura, vários produtos à base de figo, entre outros artigos.
Nova Petrópolis possui mais de 70 produtores de figo, que devem colher 400 toneladas em uma área de 45 hectares.
– Cerca de 60% da produção vai para a cooperativa Piá – explica Canisio Schneider, secretário-adjunto de Agricultura de Nova Petrópolis.
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