O Natal de perdas de 2016 no comércio caxiense não irá se repetir neste ano. As vendas em relação ao mesmo período do ano passado devem crescer entre 5 e 5,5%. Em 2016, houve decréscimo de 11,15% em relação a 2015. O dezembro todo tem sido de boas vendas, mas este sábado deve ser determinante para elevar os números.
A sexta-feira já deu uma prévia do movimento nas lojas de rua. Não chegava a ter filas ou estabelecimentos lotados, mas muita gente circulava pela área central de Caxias em busca de presentes para amigos e familiares. Proprietário de uma loja de calçados na Avenida Júlio de Castilhos, Rui Fernando Boff comemorava o entra-e-sai.
— As vendas estão excelentes, melhor do que no ano passado — conta Boff, estimando um aumento entre 7% e 8% em comparação a 2016.
Em uma loja de roupas, também na Avenida Júlio, o aumento deve ser de 10% em relação ao ano passado. Gerente do estabelecimento, Séfora Bulla Paviani diz que os últimos três dias foram de maior movimento. Os produtos com maior saída variam e os clientes têm priorizado valores não tão altos.
— As pessoas estão procurando presentes de até R$ 99 — constata Séfora.
Conforme o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caxias, Ivonei Pioner, em todo o segundo semestre se percebeu uma confiança maior dos consumidores. Além de comprar mais, os clientes estão preferindo pagar a vista. E quem compra a prestação tem reduzido o número de parcelas.
— O que era em 10 vezes, agora é em cinco. O endividamento é menor — diz Pioner.
O comércio de rua tem horário estendido neste sábado: até 19h. No domingo, as lojas estarão abertas das 10h às 17h. Nos shoppings, o horário de fechamento é 18h.
Muita pesquisa
A dona de casa Inez Balardin, 66 anos, comprava na tarde desta sexta-feira o último presente de Natal da família. Era uma cozinha de brinquedo para a neta de dois anos. O brinquedo foi pedido da menina, que gosta de panelas.
Os presentes para os outros dois netos e para os três filhos Inez comprou ao longo do mês.
— Pesquiso muito e compro se tenho dinheiro. Não faço prestação — ensina a dona de casa, que gastou, em média, R$ 60 por presente.