O feriadão do Dia do Trabalho não foi apenas bom para o Festimalha. Foi excelente. O domingo bateu recorde de visitantes: foram 10.237 pessoas circulando pelos espaços do Centro de Eventos de Nova Petrópolis – o maior público em um único dia em 28 edições. Uma multidão em busca de peças para abastecer o guarda-roupa para o inverno deixou os corredores apertados, lotou a praça de alimentação e provocou engarrafamento na pacata cidade.
– Ninguém estava preparado para tanta gente. Mas não faltou malha – conta João Paulo Boelter, presidente da Associação Comercial e Industrial de Nova Petrópolis (ACINP), promotora do evento.
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Embora o movimento do segundo final de semana da feira tenha superado as expectativas, Boelter mantém a estimativa de R$ 30 milhões em vendas, mesma quantia de 2016 – a edição do ano passado recebeu 106 mil visitantes e comercializou 450 mil peças. Segundo ele, há uma tendência de visitação menor no segundo domingo de maio, Dia das Mães. Para atrair público, uma promoção alusiva à data está sendo realizadas nas redes sociais do Festimalha.
– Esperamos repetir o sucesso do ano passado – diz Boelter.
Nesta segunda-feira, o movimento era mais tranquilo nos corredores do Centro de Eventos. Mas ainda assim, uma fila enorme se formava do lado de fora para visitar a feira. O casal Juliano Abreu, 39 anos, e Rita Prates, 41, visitava o evento pela primeira vez. Um casaco com capuz e de pontas, tendência desta estação, chamou a atenção dos professores de Alto Feliz.
– Tem que vir com calma para olhar. Nós viemos com bastante tempo para caminhar – brincou Abreu.
Nos dois primeiros finais de semana da 28ª edição do Festimalha, já foram 50.024 pagantes. Na edição deste ano, são 47 expositores de malhas – todos de Nova Petrópolis –, além de 11 estandes de alimentação e cinco de acessórios, como bolsas e lenços.
Importante para a economia
Nova Petrópolis e seus 20.045 habitantes têm, atualmente, 64 malharias, que geram 2,5 mil empregos, sendo 1,8 mil diretos (os outros são terceirizados). Considerando a população do município economicamente ativa (18 a 60 anos), que é de 16.120 moradores, o setor malheiro é responsável por 15% dos empregos gerados na cidade.
Qualidade e variedade de peças
A veterinária Tayana Sessegolo, 31, levou a irmã Patrícia Sessegolo Perello, 45, para conhecer o festival nesta segunda-feira. As duas acharam os preços atrativos, porém, não muito menores que em Porto Alegre, cidade natal das duas.
– Mas tem mais variedade aqui – pontuou Patrícia, que comprou mantas e blusões.
Também de Porto Alegre, o enfermeiro Felipe Masutti, 36, não viu muita diferença dos valores de malhas vendidas na capital, porém, um fator é o mais importante para ele:
– A qualidade é maior, então, acaba sendo mais barato.
Promoção para curtir o Dia das Mães
O Festimalha dará a duas sortudas uma hospedagem em um hotel de Nova Petrópolis, produção de cabelo e maquiagem e uma malha. Para participar, é preciso curtir a página oficial do Festimalha no Facebook, postar, dentro do evento, uma foto com seus filhos (no caso de mães) ou uma foto sua com sua mãe (no caso de filhos) e usar a hastag #minhamãeétop.
As donas das duas fotos mais curtidas serão premiadas e participarão do desfile especial de Dia das Mães, em 14 de maio, às 15h, no Centro de Eventos de Nova Petrópolis.
Serviço:
:: Quando: até 28 de maio, sempre de quinta a domingo das 10h às 19h
:: Onde: Centro de Eventos de Nova Petrópolis (Av. Padre Affonso Theobald, 1.700, bairro Juriti)
:: Ingressos: R$ 7
Peças mais vendidas
:: Os ponchos, tendência que permanece nesta estação, também têm tido boa saída na feira. Há opções como da foto, de pele, por R$ 149. O poncho cor vinho custa R$ 108.
:: As golas para aquecer o pescoço surgiram no inverno do ano passado e continuam fazendo sucesso neste ano. No Festimalha, está entre as peças mais vendidas, e o valor fica na faixa de R$ 25
:: Os casacos mais amplos, com pontas, são a aposta do inverno 2017. O da foto sai por R$ 168 parcelado ou R$ 151,20 no dinheiro.