A Mundial S.A, fabricante gaúcha de alicates, tesouras, talheres e outros itens do ramo, iniciou processo para fechar o capital. A empresa, com sede em Caxias do Sul, surgiu da unificação da Eberle, a histórica metalúrgica de Caxias do Sul, e da Zivi-Hercules. No final de novembro, foi aprovado pelo conselho o início das tratativas para a Mundial sair da bolsa. Acionista da Mundial, a Zhepar Participações emitiu uma correspondência para Comissão de Valores Mobiliários, pedindo autorização para que possa fazer a oferta de compra das ações pelo preço de R$ 5,37 ou ainda para que outro acionista compre. As informações são da Rádio Gaúcha.
Confira as últimas notícias do Pioneiro
A Zephar é uma holding que detém 21,7% da Mundial. No fato relevante assinado por Michael Ceitlin, diretor de relações com investidores, a justificativa para a Mundial deixar de ser uma sociedade anônima é que a companhia não tem tido qualquer benefício em poder acessar o mercado de capitais, como companhia aberta, para financiar as atividades. Também alegam que e a manutenção do registro de emissor de valores gera uma série de custos para a empresa.
O comunicado da Mundial foi na mesma semana que a 7ª Vara Federal de Porto Alegre começou a ouvir as testemunhas de acusação e defesa da ação penal que apura crimes contra o mercado de capitais supostamente cometidos por um corretor da bolsa de valores e um dos principais acionistas da empresa. Os réus são acusados de manipular o mercado para produzir valorização artificial nas ações. De acordo com a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF), o crescimento no valor dos papéis teria iniciado em maio de 2011, caindo abruptamente cerca de 91% em julho. Com isso, diversos investidores teriam sido prejudicados.