A assinatura das rescisões dos 300 funcionários demitidos na sexta-feira da empresa Guerra, de Caxias do Sul, começou neste sábado. Até o momento, cerca de 250 funcionários já assinaram os documentos no Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul. As assinaturas devem ocorrer até o meio-dia.
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Ao todo, a Guerra possuía 1,3 mil funcionários ligados. A medida faz parte do pedido de recuperação judicial da empresa, validado no dia 1º de julho no Fórum de Caxias do Sul.
De acordo com o presidente do sindicato, Assis Melo, ficou acertado com a empresa que a rescisão será paga em seis parcelas, ou seja, o valor devido aos trabalhadores será quitado pela Guerra em seis meses. Conforme o advogado do sindicato, Valdecir de Lima, a empresa afirmou que em alguns casos o parcelamento teria que ser feito em mais vezes; ficou acertado que, nesses casos, a parcela mínima terá o valor de um salário.
A dívida da Guerra hoje é de R$ 212 milhões. Em nota, a empresa afirma que a recuperação judicial é adotada como ferramenta para sanar as dívidas e estratégias que não tiveram o êxito pretendido, e que a crise que afeta o segmento desde 2014 agravou a situação. Desde 2008, a Guerra pertence ao fundo internacional Axxon Group.
A recuperação judicial é uma forma de evitar a falência da empresa, que suspende temporariamente o pagamento a credores mas deve apresentar em troca medidas que recuperem a saúde financeira do negócio e que a permitam pagar as suas dívidas. A Guerra tem até o dia 30 de agosto para apresentar o seu plano, que então será submetido aos credores. Esses por sua vez, têm até 6 meses para aprovar ou não o plano, que posteriormente é encaminhado para homologação da Justiça.