No início da desaceleração da indústria caxiense, as empresas pequenas e médias apresentaram as maiores baixas, já que contam com menos capital de giro e são mais sensíveis a baixas bruscas no volume de pedidos. Agora, depois de mais de um ano de retração, empresas maiores também não estão conseguindo fugir das demissões, apesar de muitas estratégias para evitar o fechamentos dos postos.
A Marcopolo, por exemplo, deu 20 dias de férias coletivas para os funcionários no final do ano passado. Em fevereiro, mais 10 dias foram concedidos no Carnaval. Depois disso, a empresa ainda flexibilizou a jornada de trabalho por seis meses, que vai até agosto.
Nesta semana, conforme informações recebidas pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos, Assis Melo, pelo menos 250 funcionários foram desligados pela baixa produção. No mercado, circulam dados de que esse número poderia ser maior, ultrapassando 300 demissões.
Boa parte dos desligamentos se concentraram em cargos de liderança e gestão, num esforço para ajustar o quadro funcional, já que a demanda por ônibus retornou ao patamar de cinco anos atrás. A fabricante tem hoje cerca de 8 mil trabalhadores.
De janeiro a maio deste ano, conforme o Simecs, 2.232 vagas foram fechadas no setor em Caxias. Para os próximos meses, as perspectivas seguem preocupantes. Segundo Odacir Conte, diretor-executivo do Simecs, junho deve encerrar com cerca de 800 postos de trabalho fechados.
Desligamentos
Marcopolo, de Caxias, demite pelo menos 250 funcionários
Informação foi recebida pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos
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