A fundição do Grupo Voges, que estava parcialmente interditada desde a última semana pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), voltará a operar nesta quinta-feira. A medida foi tomada pelo juíz da 4ª Vara do Trabalho, Rafael Marques, depois de inspecionar a empresa nesta quarta-feira. A vistoria ocorreu após a Voges entrar na Justiça com uma liminar para voltar às atividades.
A decisão do juíz diz que a empresa tem 40 dias para finalizar as adequações necessárias e solicitadas pelo MTE. Enquanto isso, porém, todos os setores podem trabalhar normalmente.
- O Judiciário se mostrou sensível principalmente para a questão da preservação do emprego. Empresa fechada não vende, não fatura e acaba tendo que demitir. O juíz ouviu os trabalhadores, inclusive, que afirmaram que gostariam de voltar - conta a advogada do Grupo Voges, Aline Ribeiro Babetzki, acrescentando que a empresa irá concluir as adequações no prazo.
O gerente regional do MTE, Vanius Corte, avisa que o órgão deve recorrer à decisão por meio da Advogacia Geral da União (AGU). Ele ressalta que a interdição ocorreu porque "havia risco grave e iminente de acidente na empresa".
- No nosso ponto de vista foi uma decisão irresponsável. E se acontece algum acidente nesses 40 dias? - questiona.
Corte diz ainda que vai sugerir para que a 6ª Vara do Trabalho, que é especializada em acidentes de trabalho, julgue esse caso.
Na última terça-feira, 80% da unidade foi interditada por não respeitar condições de trabalho adequadas. A parada afetou diretamente 280 funcionários.