A chimarrita, umas das variedades de pêssego mais cultivadas no Estado, sofreu com os efeitos da geada que passou pelas lavouras da Serra em agosto, tardiamente. Além disso, outras variedades, como eragil e chiripá, devem enfrentar consequências de geadas do ano passado, que prejudicaram as plantas para a produção desse ano.
O agrônomo da Emater de Bento Gonçalves, Alexandre Frozza, explica que, desta vez, o fenômeno ocorreu em uma fase importante do desenvolvimento dos frutos.
- O principal fator que vai influenciar é aquela geada colhida em agosto que pegou principalmente um dos pêssegos mais cultivados na região que é o chimarrita. Ele estava no período da floração, início da formação de frutinhos, que é a fase mais sensível, e muitos produtores terão perdas muito grandes.
Atualmente, as plantas estão em fase de frutificação. A colheita começa em meados de novembro e segue até o final de janeiro. Mas algumas variedades superprecoces já estão sendo colhidas. O inverno menos rigoroso neste ano antecipou a brotação e floração dos pessegueiros.
Para que os frutos continuem se desenvolvendo nas próximas semanas, é preciso chuva em quantidade adequada, períodos de insolação e temperaturas mais amenas à noite. A Emater acredita que a safra deste ano será parecida em volume com a passada.
Pinto Bandeira, na Serra, é o maior produtor gaúcho de pêssegos de mesa, com uma área plantada de 1.020 hectares. Na região, outros municípios como Farroupilha, Caxias do Sul, Ipê e Antônio Prado também tem áreas expressivas. Os principais mercados são São Paulo e o Rio de Janeiro.