Os cerca de 170 trabalhadores da Voges que foram demitidos no início deste mês terão de entrar na Justiça para buscar os pagamentos das rescisões. Entre a última quarta-feira e esta segunda-feira, cerca de 50 trabalhadores que tinham o acordo agendado no Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos tiveram que sair da entidade sem saber quando irão receber os valores.
- Um representante da empresa compareceu às rescisões, mas apenas deu baixa na carteira dos trabalhadores, sem efetuar os pagamentos. Assim, o sindicato está entrando judicialmente com esses casos para agilizar o quanto antes ao menos o pagamento do seguro-desemprego para essas pessoas - explica o coordenador jurídico do Sindicato dos Metalúrgicos de Caxias do Sul, Geraldo Bernardo.
O restante das rescisões está agendado para os próximos dias desta semana. No ano passado, em junho, em razão da dívida de R$ 358 milhões e com dificuldades para comprar matéria-prima, o Grupo Voges ingressou com um pedido de recuperação judicial. A intenção da medida é evitar a falência.
Procurada pela reportagem, a Voges reconhece que as rescisões não foram pagas dentro dos 10 dias, conforme determina a lei, mas garante que irá quitar integralmente todos os valores em um plano de pagamento que será apresentado nos próximos dias.
Sem acordo
Sem pagamentos das rescisões, ex-funcionários da Voges, de Caxias, entrarão na Justiça
Cerca de 170 trabalhadores da empresa foram demitidos no início do mês
GZH faz parte do The Trust Project