Embora o dissídio dos metalúrgicos não esteja fechado, o Sindicato das Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico (Simecs) enviou uma circular às empresas orientando que seja antecipado o índice de 6,08% (reposição da inflação pelo INPC em 12 meses) na folha de pagamento de junho para os funcionários de Caxias do Sul, Farroupilha, Flores da Cunha, Garibaldi, São Marcos, Nova Pádua e Nova Roma do Sul.
A entidade patronal discorda da informação que circula entre os trabalhadores de que o segmento está concedendo 0% de aumento. Os trabalhadores reivindicam 13,5% de reajuste, mas o cenário de crise é apontado como justificativa para o Simecs não elevar a proposta.
- Não estamos dando 0%. Nós estamos mantendo a reposição de inflação de 6,08%. Repor inflação não é obrigação. Não há nenhum dispositivo legal que obrigue a repor a inflação. Estamos fazendo isso de forma espontânea - justifica Odacir Conte, diretor executivo do Simecs.
O dirigente lembra que na década de 1990 já houve um ano em que o Simecs, em função das dificuldades econômicas, não conseguiu repor a inflação e que isso é comum em outras categorias e até no Exterior.
Se o impasse permanecer, o dissídio pode ser decidido em âmbito judicial.