Assim como no primeiro semestre, a economia caxiense deve passar boa parte da segunda metade de 2013 apenas recuperando prejuízos. Em 2012, o desempenho da cidade fechou em queda de 2,4%. As perspectivas na época, porém, era de que a retomada neste ano viria logo, proporcionando assim condições de um 2013 acelerado. A retomada até veio, mas em ritmo lento.
A indústria, principal motor econômico de Caxias, cresceu 3,7% de janeiro a abril deste ano. No acumulado de 12 meses, entretanto, o setor ainda amarga prejuízos de 3,6%. A inflação, que nos últimos 12 meses acumula alta de 6,95%, prejudica o desempenho industrial, já que tem encarecido os custos da produção. O ritmo vagaroso da economia nacional também não tem ajudado: a projeção atual de crescimento do PIB para 2013 é de 2,7%, sendo que no início do ano a expectativa girava em torno de 4%.
- Como Caxias tem uma economia de ponta, os índices na cidade tendem a ser potencializados. Se todo mundo cresce, nós crescemos mais, mas se todo mundo cai, nossa economia sofre ainda mais - explica o diretor do Departamento de Economia, Finanças e Estatística da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Caxias do Sul (CIC), Mauro Corsetti.
Com a indústria crescendo em passos lentos, os outros setores da cidade, que dependem diretamente da massa salarial gerada pelo setor fabril, também não engrenaram. O comércio acumula baixa de 9,3% no ano e serviços, de 2,3%.
Em função disso, especialistas apontam que a tendência é que a economia caxiense termine o ano "empatada", ou seja, com índice próximo a 0%. Um crescimento pequeno, de até 3%, também está dentro das projeções mais otimistas.
Se a retomada no desempenho não chegou com força, a geração de empregos já não tem mais o que recuperar. De janeiro a maio, mais de seis mil empregos foram gerados na cidade, o que já supera com folga as perdas do ano passado.