Passado um pouco mais de um mês desde o anúncio da presidente Dilma Roussef de que a cesta básica do brasileiro ficaria mais barata em função da diminuição de tributos federais, o caxiense não notou ainda nenhum alento de fato no bolso. Pelo contrário, segundo dados do Instituto de Pesquisas Econômicas e Sociais (Ipes) da UCS, o rancho do caxiense aumentou 0,50% em março na comparação com fevereiro, fechando então em R$ 594,61.
O leve acréscimo no valor do último mês, conforme Roberto Birch Gonçalves, diretor do Ipes, é fruto principalmente de produtos não-alimentares. Ele destaca, porém, que embora os itens desonerados não tenham aumentado de preço, eles tampouco baixaram como era o esperado.
- O único item que realmente baixou foi a carne, até porque não teria motivos para ela não baratear sendo que é um item de alta rotatividade. Para os descontos como um todo chegarem no consumidor, é necessário que toda a cadeia alimentícia se sacrifique, porque se cada um pegar um pouco do desconto, a diminuição não vai chegar para o consumidor. Penso que faltou um pouco de boa vontade.
Desde que a medida do governo federal foi anunciada, o Pioneiro realizou sete rodadas de pesquisa em cinco supermercados da cidade para acompanhar os preços de 74 itens que, teoricamente, seriam afetados pela desoneração. O levantamento não pretende mostrar qual estabelecimento possui valores mais baratos, até porque os itens pesquisados nem sempre eram iguais.
>> Confira a tabela com as comparações de preço
Nesta sexta-feira, após um mês da primeira rodada de pesquisas, 35 itens monitorados (o que corresponde a um pouco menos da metade dos produtos) estavam com valores mais baixos do que no dia 11 de março. Outros 20 se mantiveram com os mesmo preços e 16 chegaram a subir de valor. Além desses, três itens não estavam disponíveis nas gôndolas para a comparação.
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