Em encontro na manhã desta segunda-feira, o jornalista William Waack falou para cerca de 100 pessoas sobre os Desafios da Economia Brasileira. Entre as provocações do jornalista, que estimularam o debate entre empresários e demais presentes, Waack disse que "o Brasil é um país travado".
A explicação, segundo ele, são os entraves e a burocracia que são necessários para se conseguir alguma coisa. Em uma brincadeira com o público, ele exemplificou que até para construir um "puxadinho" é preciso passar por pelo menos três instâncias, e ainda corre-se o risco da obra ser demolida depois. A mudança para reverter esse cenário, segundo ele, começa em nós mesmos.
Por cerca de 25 minutos, o jornalista falou das perspectivas e do cenário econômico para os próximos anos, sem desvencilhar as projeções do campo da política brasileira. Na sequência, os empresários José Antonio Fernandes Martins, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) e membro do conselho de administração da Marcopolo, e Astor Milton Schmitt, diretor corporativo da Randon, também falaram sobre o tema.
Um dos pontos levantados por Waack, e logo mais repercutido pelos empresários, foi a questão a desindustrialização. Para reforçar a fala do jornalista, Martins trouxe dados estatísticos que mostram o quando o indústria sofreu retração nos últimos anos.
- Em 1985 a indústria da transformação era 25% do PIB. Em 2011 chegamos a 14,6% - alertou Martins.
Além dos empresários, participaram do debate o presidente do Banco de Desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Sul (Badesul), Marcelo Lopes, e o diretor de televisão do Grupo RBS, Antônio Tigre.
Economia
"O Brasil é um país travado", provoca jornalista William Waack em encontro com empresários em Caxias do Sul
Apresentador do Jornal da Globo participou de bate-papo ao lado de Astor Milton Schmitt e José Antonio Fernandes Martins
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