Os caxienses à procura de itens de linha branca, como refrigeradores e fogões, estão com opções limitadas no mercado. Em parte das lojas de eletrodomésticos da cidade, alguns produtos esgotaram e não estão sendo repostos. A demora na entrega das encomendas ao varejo é avaliada por especialistas como forma de pressão da indústria, que alega aumento de custos, para que os valores sejam reajustados. Aliado à alta do IPI, o aumento no setor pode chegar a 3% no bolso do consumidor a partir de março.
Conforme Andrio Acunha, gerente de uma filial da Magazine Luiza, além de modelos de fogões e refrigeradores, alguns condicionadores de ar também estão em falta no mercado. Produtos da Brastemp e da Electrolux são os campeões na lista dos escassos, por liderar a procura.
- A demanda para a indústria aumenta muito nesta época, então a falta é geral. Neste ano, teve ainda a questão do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) aumentar a partir de fevereiro, o que fez o varejo antecipar muito as compras - acredita.
A previsão é que as encomendas com os produtos em falta cheguem, segundo Acunha, em 60 dias. Normalmente, esse prazo não passa de pouco mais de uma semana.
Se a falta de opções pode atrapalhar a compra dos caxienses, a notícia boa é que o reajuste do IPI previsto para fevereiro ainda não foi repassado para a maioria das lojas. Gisela Adriana Rodrigues, gerente de uma unidade da Volpato, ressalta que os preços atuais são os mesmos de dezembro:
- Nem teríamos como repassar devido à concorrência, que também não aumentou ainda. Mas a partir de março, quando as encomendas novas chegarem com o reajuste, não vai ter como segurar.
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