No Brasil, o chamado e-commerce já faturou R$ 10,2 bilhões apenas no primeiro semestre deste ano, o que representa um aumento de 21% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados - resultantes de uma pesquisa da e-bit, empresa especializada em informações do setor - revelam ainda que o comércio eletrônico no país já tem 37,6 milhões de consumidores.
Ao que tudo indica, a tendência de crescimento no setor é irreversível. A pesquisa, inclusive, aponta que a expectativa para o segundo semestre de 2012 é de um aumento de 20% em relação a 2011. Ronei Teodoro da Silva, professor do curso de Publicidade e Propaganda e docente da especialização em Comunicação Digital da Universidade de Caxias do Sul (UCS), acredita que o sucesso do setor se deve à mudança das relações interpessoais:
- É cada vez mais comum as pessoas transferirem para o virtual as interações que elas costumavam fazer no real. A internet fez as barreiras geográficas se quebrarem. Agora, as pessoas se reúnem principalmente por interesses em comum.
Em relação à concorrência com o comércio tradicional, com loja física e vendedor, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias do Sul (CDL), Paulo Magnani, acredita que existe, sim, uma forma de competir com a evolução do segmento: o bom atendimento. Conforme ele, quanto mais serviço e qualidade os lojistas oferecerem, menos o e-commerce vai crescer.
- Muita gente ainda prefere o atendimento presencial. Assim, o cliente conversa com o vendedor, toca no produto. O comércio virtual deve ser um complemento de vendas, um braço do comércio - analisa.
Engana-se quem pensa que os consumidores que aderem ao comércio virtual estão em busca somente de preços mais acessíveis. O principal motivo que fez a adestradora de cães Diandra Elisa Timmers, 23 anos, virar fã dessa prática é a maior variedade de produtos disponíveis no universo online.
Há seis anos, quando a cachorrinha de Diandra era ainda filhote, a adestradora encontrou na internet opções de artigos para cães que até então não encontrava na cidade. Embora o mercado dos pets tenha crescido muito nos últimos anos em Caxias, Diandra segue buscando na rede as novidades para a dachshund Rebecca.
- Compro ração, brinquedos, petiscos... Além do preço ser mais acessível, tem alguns artigos que continuo só encontrando na internet - explica.
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