O presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias do Sul, Carlos Heinen, voltou a alertar para a gravidade do momento econômico e a criticar a "fúria arrecadatória" do governo durante a reunião-almoço desta segunda-feira:
- Chegou o momento de admitir: estourou a bolha de otimismo e crescimento que estávamos vivendo. O fundo do poço pode esconder um poço mais profundo ainda.
Heinen mostrou preocupação com o decréscimo da participação gaúcha no PIB brasileiro.
- Este ano, até a agricultura, nosso esteio de crescimento, nos deixou na mão em virtude da estiagem.
Heinen voltou a pedir redução de tributos e custos trabalhistas e maior investimento em infraestrutura. Disse que o governo deveria pagar "insalubridade máxima a quem tenta empreender nesse país":
- Temos de acabar com as insanidades que penalizam quem investe. Tudo aqui é mais caro do que em qualquer parte do mundo.
Para Heinen, o Brasil precisa de mudanças estruturais contínuas, e não de incentivos pontuais:
- Brasil é recordista em medidas protecionistas e antidumping. Não são nossos concorrentes que estão nos obrigando a viver assim.
Por fim, disse que considera o sistema produtivo vítima de "deboche da parte podre do Congresso".
- Chega de calar diante da corrupção em todos os níveis, inclusive empresarial. A corrupção é recompensada. A honestidade é sacrifício.
Economia em alerta
Presidente da CIC Caxias alerta para a gravidade do momento econômico
Carlos Heinen disse, durante reunião-almoço, que "estourou a bolha de otimismo e crescimento que estávamos vivendo"
GZH faz parte do The Trust Project