Caxias do Sul não tem uma política de atração de novas empresas, com incentivos fiscais, por exemplo. Pelo fato de a cidade ser um polo industrial consolidado, o poder público não se preocupou com a questão.
- Caxias atrai por si só, pela qualificação da mão de obra, pelas escolas preparatórias. Temos fornecedores aqui. É um polo que agrega - entende o presidente da Câmara da Indústria, Comércio e Serviços (CIC) de Caxias, Carlos Heinen.
Ele avalia que expansões feitas por fábricas daqui em outros Estados, tiveram mais a ver com necessidade de estar próximo a outros mercados do que com guerra fiscal propriamente. Já no caso de mudanças para cidades próximas, fatores como disponibilidade de terrenos com custo mais acessível foram decisivos.
O presidente do Simecs, Getulio Fonseca, entende que a nova política industrial anunciada pelo governador Tarso Genro (PT) em março, fez com que o Estado entrasse na guerra fiscal de maneira limpa.
- O governo quer o enraizamento da indústria gaúcha. Tem dado incentivo a quem produz aqui. É só ver pelos incentivos que foram anunciados para a Randon - coloca Fonseca.
Mas, o presidente do Simecs avalia que Caxias ainda tem muito a fazer para dar condição a novos empreendimentos:
- Caxias ainda tem de acordar para isso. Não há incentivo nenhum. É algo para cobrar dos próximos governantes da cidade.