Produtores de alho se mobilizam para que o governo brasileiro garanta a continuação da taxa antidumping paga pelo produto chinês que entra no país. Esse valor é aplicado a itens importados com preço muito baixo, que representam concorrência desleal com o produto brasileiro. No dia 16 de dezembro, o antidumping do alho irá vencer, mas, desde já, o setor está interessado em reunir provas que convençam a necessidade da continuação dessa sobretaxa. Essa semana, uma reunião da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), em Brasília, debateu como a entidade irá tratar da questão ao longo do ano.
Atualmente, cada caixa de 10 quilos de alho chinês paga US$ 5,20 para entrar no país. Mesmo assim, o produto chega ao Brasil com valores muito baixos. De janeiro a outubro de 2011, o Brasil importou 13,85 milhões de caixas de alho a um preço médio de US$ 16,56 a caixa, de acordo com a Anapa. O maior fornecedor é a China, seguido da Argentina.
Conforme o presidente da Associação Gaúcha dos Produtores de Alho (Agapa), Olir Schiavenin, que participou do encontro em Brasília, foi definido que a associação contratará advogados para assessorar a causa, além de fazer levantamento de preços.
- Se não conseguirmos renovar a taxa antidumping, podemos decretar o fim da colheita de alho no país - aponta Schiavenin.
Economia
Produtores querem que sobretaxa do alho chinês seja mantida para barrar concorrência desleal
Até dezembro, cada caixa do produto da China entra no país pagando US$ 5,2
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