Com espaçamento entre as cadeiras tanto no palco quanto na plateia, ocorreu na noite desta sexta-feira, em palco montado na Praça Dante Alighieri, a cerimônia de abertura da 36ª Feira do Livro de Caxias do Sul. O evento teve a presença de autoridades políticas e da cena literária, com destaque para o Patrono, o jornalista Dinarte Albuquerque Filho, e o Amigo do Livro, o Paulo Roberto Fogaça.
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Dinarte Filho fez a fala mais esperada e também a mais aplaudida, ao iniciar com o pesar pelas vítimas de Covid-19 e o agradecimento aos profissionais da saúde pelo trabalho heroico na linha de frente. Depois, enalteceu o poder da leitura e da escrita como ferramentas para o ser humano buscar a sua liberdade e também ser um agente nas transformações que a sociedade precisa.
- A leitura é componente diário da minha vida, desde criança. Ninguém teve de me convencer. Sempre prezei muito o silêncio e ler me permitiu viver sem falar muito. Lendo e escrevendo, nos meus versos ou no exercício do jornalismo, desenvolvi meu senso permanente de humanidade e compreensão da realidade - disse.
O patrono também emocionou os presentes com recordações da formação de uma cena cultural e contracultural da cidade nos anos 1980 e 1990, citando histórias vividas ao lado de nomes como os poetas Odegar Petry (in memorian) e Zé do Rio, entre outros. Momentos que prepararam o terreno, segundo suas palavras, para o surgimento de muitos outros escritores, poetas e contadores de histórias, citando aí Marco de Menezes, Natalia Borges Polesso, Marcos Kirst, Nil Kremer e Rafael Iotti, entre vários outros.
- São encontros, ações e movimentos proporcionados pelo prazer de ler e escrever. E que nos permitem sermos diferentes e melhores a cada ciclo, a cada gesto. Isso diz respeito á liberdade que precisamos encontrar como indivíduos. Ler ainda é o melhor instrumento que nos permite transformar a realidade - destacou.
Após as falas e o toque da sineta pelo patrono, que formaliza a abertura, a apresentação da banda de rock caxiense Rota Lunar deu continuidade ao evento. O evento literário segue até o dia 13 de dezembro, com 28 bancas para comercialização de livros, programação artística e sessões de autógrafos - atividades que podem ser suspensas caso se confirme a bandeira vermelha na região.
Além da programação presencial, também há as atividades virtuais, como oficinas, palestras e debates literários que serão transmitidos pelo canal da Feira do Livro de Caxias do Sul no YouTube e pelas redes sociais da Secretaria Municipal de Cultura (@culturacaxiasdosul)
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