Desde 2012 a Paralela é uma das frentes mais atuantes pela cultura em Caxias do Sul, fomentando principalmente a cena independente e a economia criativa. Quando o coletivo evoluiu para a Associação Cultural Paralela, em 2015, no ano seguinte a turma que aluga a casa mais conhecida da Rua Tronca buscou a chancela da Rede Cultura Viva, programa vinculado ao Ministério da Cidadania que reconhece pontos de cultura em todo o Brasil. A espera acabou na última semana, com este selo finalmente obtido. Alcançado o reconhecimento institucional, a intenção é tornar essa história mais séria ainda.
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– Não é algo que traz recurso por si só, mas sim algo que serve como uma espécie de diploma e que nos dá mais peso para buscar parcerias e objetivos maiores, como pleitear o teto da verba da Lei Aldir Blanc para espaços culturais, por exemplo. Já era a nossa intenção seguir um caminho mais profissional. A Paralela é um lugar conhecido por ser mais underground e a gente quer mudar um pouco essa cara sem perder a essência, agradando mais as pessoas que não se identificam tanto com esse lado, de modo a fazer com que todos se sintam acolhidos e as ideias que circulam por aqui sejam semeadas cada vez mais – destaca Leonardo Ferrolho, presidente da ACP.
Em março, quando a pandemia interrompeu o calendário cultural, a Paralela perdeu uma agenda que estava cheia até maio. Também fechou o bar, que passou a atender por delivery e deve reabrir as portas em outubro. A casa manteve o coworking, atualmente com sete empreendimentos ocupando as salas como escritório, e migrou para as ações virtuais, com bate-papos informativos. Em setembro, deve ser repetida a iniciativa de 2016 de fazer um debate com os candidatos a prefeito de Caxias, desta vez online.
Para a retomada das atividades presenciais , a intenção é ter um calendário fixo de eventos, visando ser ainda mais representativa para um número maior de pessoas, que reconheçam na Paralela um ambiente favorável para a propagação da arte, da cultura e das ideias. É a razão que faz o pessoal manter a associação ativa em meio a dificuldades, sem a maior parte da receita que mantém a casa de pé (metaforicamente).
– E seguir cumprindo esse papel que cumprimos há oito anos, mas de uma forma mais profissional, que agregue mais pessoas e nos permita construir um cenário cultural mais forte em Caxias. Penso que, quando as coisas voltarem, aquilo que continuar igual tende a ter uma baixa. A gente quer aproveitar a pandemia para dar um salto de qualidade e receptividade, voltando com mais força e o ponto de cultura é o impulso que precisávamos – avalia Ferrolho.
Todas as novidades sobre a Paralela podem ser conferidas nas redes sociais, pelo perfil/página @paralelacasa (Facebook e Instagram).
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