Humberto Gessinger acelera na sua particular e infinita Highway e retorna à estrada em uma turnê que rememora o aniversário de um dos discos recheados de hits do Engenheiros do Hawaii. Na turnê Desde Aquele Dia _ 30 anos A Revolta dos Dândis, o cantor e multi-instrumentista (e autor de cinco livros) presta uma homenagem à altura das três décadas de lançamento do CD A Revolta dos Dândis - conhecido pelos fãs pela capa amarela, o primeiro de uma trilogia que reverencia as cores da bandeira do Rio Grande do Sul.
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Foi neste álbum, lançado em 1987, que a banda se tornou conhecida por hits como Terra de Gigantes e Infinita Highway, além da música que batiza o nome do CD. Neste sábado, o artista subirá ao palco da última edição da Fenakiwi, às 21h, em Farroupilha, apresentando pela primeira vez na Serra Gaúcha a repaginada versão dos Dândis.
De acordo com a produção do evento, os ingressos para a ala VIP estão esgotados. A venda para pista está no quarto lote. Leia abaixo entrevista exclusiva com o músico ao Jornal Pioneiro:
Pioneiro: O show não consiste apenas em tocar A Revolta na íntegra, mas pode-se dizer que é o grande diferencial dele. O que é o mais legal em poder levar esta nova roupagem aos fãs? (É identificar que existe uma galera super fiel ao lado B na tua carreira?)
Humberto Gessinger: Pra mim é um resgate de um trabalho que, apesar de conter canções bem conhecidas (Terra de Gigantes, Infinita Highway, Refrão de Bolero), nunca havia sido tocado na íntegra. A tour de lançamento, em 87, ficou espremida entre o disco anterior ( Longe Demais das Capitais) e o posterior (Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém), misturava canções dos três. Mas a tour atual não se sustentaria se fosse só um lance histórico, comemorativo. É fundamental, pra mim, o prazer de tocar estas canções. E o prazer ainda maior de encontrar a galera interessada.
:: O que mais mudou nestes 30 anos de lançamento de Revolta dos Dândis: o perfil do teu público, os arranjos das músicas, as críticas da imprensa? Ou a forma de entregar as novidades do teu trabalho?
O mundo da arte e a indústria do entretenimento mudou tanto, nem dá pra comparar. Mas minha paixão pela música segue a mesma. Muita água passou sob a ponte, mas é o mesmo rio. Fico até constrangido de dizer isso no momento em que o país vive uma crise sem precedentes, mas nunca fui tão feliz quanto sou agora com minha arte e meu ofício.
:: Mesmo com tanto tempo na estrada e não sendo atração inédita, vc foi a banda mais esperada de acordo com levantamento feito pelos internautas no Festival João Rock. Inclusive, na tua agenda, são três destinos gaúchos em breve versus dezenas de apresentações em outros Estados. O que, na tua opinião, fideliza tanto o teu público?
Não gosto de pensar muito sobre isso, não quero que se quebre o feitiço... mas talvez seja um espelho da minha fidelidade em relação à minha música, às composições e performances. O fato de eu tocar mais fora do RS é natural, sempre rolou. Tenho um grande orgulho de ser gaúcho, deixo claras minhas influências cada vez mais (o inSULar é uma prova disso), mas também sei que a arte pede pra transpor barreiras de tempo e espaço.
:: Vai ser o primeiro show na Serra desta turnê. Qual é a expectativa para a apresentação aqui em Farroupilha?
Ah... é na serra gaúcha que estão minhas raízes, por parte materna. Entendo bem o sotaque, a culinária, os gritos e os silêncios. A tour tem sido incrível, eu achei que por, rolarem muitos lado B, seria um show mais para os fãs radicais, mas noite após noite tenho sentido que A Revolta Dos Dândis faz sentido para muito mais gente do que eu imaginava.
:: A gravação do DVD contempla quatro músicas inéditas, certo? Elas já foram gravadas em outro ambiente?
Foi o que fizemos no DVD inSULar, juntamos um show em BH com gravações na Serra Gaúcha. Ficou incrível. O formato será o mesmo, mas as duas locações serão em Porto Alegre, onde eu nunca gravei DVD, com exceção do Pouca Vogal. Outro resgate.
:: Existe alguma perspectiva de retornar com o projeto Pouca Vogal?
Sim, tenho muito orgulho desse projeto. Pelo seu formato, pela ousadia, por fazer uma coisa que gaúchos pouco fazem: unir-se de forma radical, não eventual, olhando pra frente. E porque adoro tocar com Duca! Meu novo DVD vai sair no início do ano e certamente vai rolar uma estrada legal com o novo repertório, mas depois vou tirar o Duca à força do barco - que é a nova paixão da vida dele - pra rolar mais som!
INGRESSOS
O que: Show Humberto Gessinger – Desde Aquele Dia – 30 anos A Revolta dos Dândis
:: Quando: sábado, 29 julho, às 21h
:: Onde: Parque Cinquentenário – Farroupilha/RS
:: Classificação: 16 anos (menores de 16 anos apenas acompanhados por um adulto)
*Setores e Valores 4º Lote:Pista:Inteiro: R$ 50,00Meia-entrada: R$ 25,00
** Solidário: R$ 40,00* Ingresso garante entrada no parque
** Doar 1kg de alimento no dia do show
