"Nossa! Tu nem parece lésbica!" "Ai, tudo bem ser gay, mas afetado acho demais. Não precisa dar pinta." Preguiça. E daí que eu sou lésbica? E daí que você é gay? E daí que dá pinta ou não dá? Se é trans, bi, queer, fluido, e daí? E daí se sai de salto? E daí que arrasa no lipsync? Ou se não se encaixa nos estereótipos? E daí que é professor e "nem parece" ou se casado e paga as contas todas em dia, ou vai sai todos os fins de semana para pegar alguém diferente, se é nerd, e daí? O essencial nas nossas relações deve ser o respeito. Aliás, respeito deveria estar presente em todas as relações de afeto. E digo afeto aqui de maneira a querer expressar como nos afetamos mesmo, como nos tocamos, como entramos uns nas vidas dos outros.
Opinião
Natalia Borges Polesso: Direitos e visibilidade
A gente passa com medo, às vezes, de existir em algum lugar hostil
Natalia Borges Polesso
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