Quando o luto faz nascer, a perda vira fortuna, o poeta faz a palavra virar pulsão de poesia. Então o mergulho em memórias, as idas ao futuro imperioso que não consegue preterir a morte, se transformam numa Pequena Madrugada Antes da Meia-Noite. Significativamente, os versos do poema que dão nome ao livro que Marco de Menezes lança hoje, às 19h, na Do Arco da Velha, têm numeração descontínua. Alusão ao descontexto da vida, recorrência das inquietações de quem, depois de seis anos, lança nova obra.
– O melhor da poesia é que não se tem controle sobre ela – diz Marco.No descontrole do fluxo da escrita a morte emerge tema, entre alegorias metafísicas, citações de cenas e amigos do cotidiano, lembranças da infância e uma seleção de objetos do mundo que provocam o autor.
– Há uma preocupação com o envelhecimento, as doenças, o real do corpo, a finitude, o que está e o que se foi, a perda de afetos e de projetos – descreve ele, acrescendo:
Literatura
Marco de Menezes lança novo livro de poesia nesta sexta-feira
'Pequena Madrugada Antes da Meia-Noite' terá sessão de autógrafos às 19h na Do Arco da Velha
Carlinhos Santos
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