Seja de veludo, couro, renda, metálica, colorida, com lacinho ou pingente, as chokers (gargantilha, na tradução) ganharam o pescoço das mulheres. A estilista Franciele Hermoza explica que o acessório tem origem antiga: a rainha Catarina de Bragança (1638 -1705) utilizava uma peça semelhante em pedrarias, a corte francesa virou símbolo por utilizar colares com joias e pedras preciosas e, na Revolução Francesa (1789 -1799), as mulheres homenageavam os mortos com uma espécie de fitinha vermelha no pescoço.
Foi nos anos 1990, porém, que o colar teve sua ascensão no mundo da moda. À época, a tendência era uma gargantilha tribal feita de plástico, parecida com uma tatuagem (hoje chamada de tattoo choker). Assim como o casaco oversized e a jaqueta de tactel, a choker voltou com tudo em 2016. Agora com outras formas – fina ou grossa, sobreposta ou sozinha – a peça invadiu as ruas, desfiles e red carpets.
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– A moda sempre resgata alguma influência, e agora estamos revivendo muito os anos 1980 e 1990 – conta Franciele.
Para a estilista, o legal é apostar no acessório para quebrar o look e também deixá-lo mais sexy.
– É possível fazer uma mistura de outros colares com as chokers, formando uma cascata de colares – diz.
A estudante de jornalismo Kétlin Varela, 20 anos, produz chokers há cerca de dois meses. Por já ter trabalhado em uma loja de bijuterias, ela já tinha experiência no manuseio dos materiais.
– Eu queria usar mas não sabia se combinava comigo, então resolvi fazer para vender – confessa.
Além disso, a estudante revela que, como precisava de renda extra, decidiu se aventurar no hobby.Para diversificar os modelos, busca inspiração em perfis de blogueiras e sites como o Pinterest e o We Heart It.
– As Kardashians também usam – ri.
O sucesso foi tanto que Kétlin criou perfis no Facebook e Instagram para comercializar suas peças – ela também faz brincos, pulseiras, entre outros acessórios.
– Me espantei porque em dois meses já vendi cerca de 150 peças e até já fiz parceria para vender em outras cidades – diz.
A faixa etária das clientes da estudante varia de 16 a 30 anos. Independente da idade, o desejo delas é o mesmo:
– As meninas veem as famosas usando e querem também – conta.