O homem do campo de vez em quando visita a cidade grande. Avesso às modernidades, estranha alguns hábitos, desentende-se com alguns costumes e vive aventuras narradas nos 16 causos do livro Apaguei a Luz do Vagalume, do escritor Luiz Carlos de Lucena.
Nas 118 páginas, o leitor vai se deliciar com a vez em que o gaúcho do campo quase teve a Brasília verde carregada de pinhões confundida com um contêiner de lixo, em Caxias do Sul. Ou o caso do campeiro que, disposto a acompanhar o desenvolvimento, compra uma Rural Willys, marca de camioneta cobiçada entre a gauchada serrana décadas atrás, mas que não sabe dar a ré.
Mas há também muito das vivências do próprio autor. Nascido em casa, com a ajuda de uma parteira, no distrito de Cazuza Ferreira, em São Francisco de Paula, Lucena passou a infância foi correndo nos capões e restingas. O nome do livro remonta os tempos de criança, quando o passatempo era guardar vagalumes em um pote de vidro, ainda que depois fosse obrigado pela mãe a devolvê-los à natureza.
Tradicionalismo
Luiz Carlos de Lucena conta causos gaudérios no livro 'Apaguei a Luz do Vagalume'
Obra reúne 16 histórias do autor, nascido em Cazuza Ferreira
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