Carlos Henrique Iotti não tem muita ideia sobre as atividades como patrono da Feira do Livro de Caxias, mas já pediu à organização um espacinho com uma mesa para poder trabalhar da Praça Dante Alighieri até o dia 13 de outubro.
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Apesar da hesitação, Iotti não chega a ser um principiante: além de participar de encontros literários em colégios, foi patrono em Bento Gonçalves, São Sepé e Jaquirana. O reconhecimento na cidade natal, no entanto, ainda provoca um frisson no cartunista de 49 anos.
- Quando penso nisso, meus dedos do pé chegam a encolher - ri.
O hábito da leitura adquirido ainda na infância, ao ganhar do pai A Ilha do Tesouro, de Robert Louis Stevenson, aos 10 anos, "um clássico sobre piratas". Logo depois, encantou-se pelos gibis.
De tira em tira, o criador do personagem mais querido da Serra, o gringo Radicci, ganhou reconhecimento dentro e fora do país, tornou-se multimídia e ajudou a dar status de arte ao cartoon.
E, paralelamente, a participação em bate-papos nas escolas acabou por estimular uma leva de crianças e adolescentes a decifrarem as palavras, a entender o lado cômico do universo radicciano.
- Procuro dizer que ler é uma atividade libertadora, com qualquer livro. Todos os livros são de autoajuda, porque a pessoa sempre melhora depois deles - afirma.
Praça
Carlos Henrique Iotti recebe reconhecimento na Feira do Livro de Caxias
Ao celebrar 30 anos do personagem mais famoso, Radicci, cartunista é escolhido patrono
Tríssia Ordovás Sartori
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