Se há alguém que tem muita experiência em viagens ao redor do mundo, esse alguém é Beto Conte, coordenador no RS do Student Travel Bureau (STB). Ele percorreu 126 países nos últimos 25 anos, incluindo desde as praias paradisíacas de Bali até o monte Everest, no Tibet.
- O legal de viajar é ser um free rider, deixar as coisas acontecerem e viver tudo que o mundo tem a nos oferecer. Muita emoção, conhecer gente nova, dar de cara com lugares jamais imaginados, com conversas nunca antes pensadas. Tudo isso é bárbaro. Mas também é bem importante também um lado 'razão' para aproveitar isso da melhor maneira, não perdendo tempo nem dinheiro em furadas desnecessárias. Por isso, um bom planejamento é essencial - destaca.
Entre as dicas de Conte estão tratar com um bom agente de viagem, que dê toda a orientação necessária sobre o destino, e escolher a época do ano apropriada - a meia-temporada, ensina, é sempre o ideal, nem tão cheia e cara quanto a alta nem tão parada quanto a baixa. Prestar atenção às exigências legais, como vistos e vacinas, e traçar um roteiro básico também são importantes, bem como montar o itinerário levando em conta a lógica geográfica, para não ficar fazendo zig-zag desnecessários (e dispendiosos). Conversar com quem já viajou para onde se deseja ir e, ao chegar, como moradores, é igualmente de bastante ajuda.
Para quem pretende circular de mochila pela Europa, confira mais algumas dicas práticas de Conte:
* Viaje de trem, pois se chega direto no centro histórico das cidades, e fazendo as viagens longas à noite não se perde tempo. A rede férrea é super ampla cruzando a Europa toda com grande frequência.
* Nas estações costuma haver central de informações turísticas e de acomodação, câmbio e ponto de ônibus ou metro para desvendar a cidade.
* Além disso, viajar de trem é a forma mais econômica e flexivel de percorrer a Europa. Existem diferentes Eurailpass, como o passe de trem que permite viagens ilimitadas em um determinado período, pode-se circular bastante começando o dia em uma cidade, visitando outra no percurso e terminando o dia em uma terceira (nesse caso, deixe a mochila no bagageiro da estação para circular só com sua 'day back').
* Dentro da 'day back', leve seu guia de viagem, mapa da cidade, máquina fotografica, cantil, boné, protetor solar e impermeável leve.
* Dormir nos Youth Hostels (albergues da juventude) é a forma mais economica de acomodação - na faixa de US$ 15/noite incluindo café da manhã -, além de terem lavanderia e cozinha, funcionam como uma central de informações para o viajante independente com as dicas locais. E o astral é legal pois se conhece gente do mundo todo.
* Além da carteira de alberguista, não deixe de fazer sua carteira mundial de estudante, que permite descontos em museus, transporte, restaurantes universitários, etc.
* Não deixe de conversar com pessoas que já estiveram lá para montar o roteiro básico para aproveitar o máximo seu tempo. Os passes de trens e albergues lhe dão flexibilidade para ir mudando-o conforme a sua aventura for acontecendo.
Gostou do assunto? Então, confira a revista Almanaque deste final de semana, encartada no jornal Pioneiro. Nela, uma reportagem traz mais relatos e dicas sobre como viajar barato.
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Maristela Scheuer Deves
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