Primeiro jogador-problema do futebol brasileiro, o craque Heleno brilhou nos anos 1940 e viveu uma trajetória fulgurante, apaixonada e trágica, que lhe conferiu o status de mito. Enquadrar tão rica e nebulosa história em um filme foi um desafio cumprido de forma muito eficiente pelo diretor José Henrique Fonseca em Heleno, em cartaz no Cinépolis 4, em Caxias.
Mineiro filho de fazendeiro plantador de café, Heleno de Freitas (1920 - 1959) era rico e foi estudar no Rio de Janeiro para ser advogado. Colocou no dedo o anel de doutor, mas preferiu jogar bola por prazer. Chegou ao Botafogo e fez história no clube mesmo sem ter sido campeão.
Dono de temperamento vulcânico e charme irresistível, Heleno tinha vida de galã. Dormia com as mais belas mulheres e torrava seu dinheiro em cassinos e bordéis. Contraiu sífilis, e a doença, combinada com os excessos de álcool e o vício em éter, acelerou a fulminante degradação física e mental. Encerrou a carreira errática de forma patética em 1953, jogando pelo América. Em seguida, foi internado em um manicômio, onde morreu, aos 39 anos, demente.
Filmado num exuberante preto e branco pelo fotógrafo Walter Carvalho, Heleno é apresentado em meio a elipses cronológicas que vão costurando a queda e a ascensão do craque.
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Estreia
Filme 'Heleno' está em cartaz em Caxias do Sul
Rodrigo Santoro é o protagonista do longa
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