O patriarca da família Caselani, Angelo nasceu no Norte da Itália, na região do Vêneto, em Fozza Guazzana, na província de Cremona, Itália, em 28 de julho de 1842. Foi batizado em 31 de julho de 1842 na Diocese de Cremona, igreja paroquial de Ca’ D’Andrea. Filho dos italianos Giuseppe Caselani e Margherita Boliani, Angelo casou em 1868 na igreja de Santa Àgata com a italiana Giuditta Scapini, filha de Napoleone Scapini e Faustina Ferrari.
Por falta de terras disponíveis, fugindo das guerras, dos conflitos, da fome e do desemprego, e em busca de novas oportunidades, como a maioria dos imigrantes, o casal viajou saindo de Cremona de trem, chegando ao Brasil em 1879, após uma longa e cansativa viagem de 36 dias de navio a vapor. A embarcação aportou primeiramente no porto do Rio de Janeiro e, depois, seguiu por mais dez dias até Porto Alegre. Lá, o casal embarcou em um barco menor com destino a Montenegro, onde, através de mulas e carretas, caminharam através da floresta para chegar, após seis dias, nos lotes da linha Boa Vista, Picada Velha e Colônia Conde D’Eu (atual Carlos Barbosa/Garibaldi). Angelo Caselani e a sua esposa Giuditta Scapini trouxeram ao Brasil três filhos ainda menores, Carlo Cesare, Palmira e Maria Constantina; posteriormente, nasceram os filhos Nazareno e Dosolina.
Ao lado de outras dezenas de famílias de imigrantes, os Caselani se instalaram em 17 de novembro de 1879 no lote nº 13, na ala Norte da linha Boa Vista, atual Arcoverde, 2º distrito de Carlos Barbosa, antigamente conhecido como Colônia Conde D’Eu.
Espírito empreendedor
No Brasil, Angelo Caselani desenvolveu atividades comerciais na área de ferragem. Na casa de comércio de Angelo, vendia-se produtos industrializados, como bebidas, açúcar e café, tecidos, ferramentas, ferragens, utensílios domésticos, vestuário e inflamáveis. Angelo Caselani e os filhos tinham forte vocação comercial. Através de tropas de mulas cargueiras, seus tropeiros e carreteiros iam buscar os produtos agrícolas nas diversas colônias, além de realizar compra e venda de porcos e gado. Os carreteiros levavam os produtos coloniais até a estação férrea da Vila de Barão, para serem encaminhados para a venda no comércio da capital. Os tropeiros e os carreteiros eram os empregados e os filhos de Angelo Caselani. Após, alguns anos, os filhos de Carlo Cesare Caselani; Cyrillo Caselani e Orestes Caselani, também adquiriram, em Linha Boa Vista, seu próprio comércio. Anos mais tarde, nas novas gerações, os filhos do comerciante Orestes Caselani, Adelino e Bianco, faziam o trabalho de tropeiros.
Encontro
No próximo domingo, os descendentes da família irão se reunir no 3º Encontro da família Caselani, na sede do Auriverde Futebol Clube, na Vila de Arcoverde, município de Carlos Barbosa. A programação conta com missa e almoço de confraternização. Para mais informações sobre o evento, entrar em contato com os organizadores pelos telefones (54) 99974-2244 (Salete) e (54) 98118-3671 (Gilso).