Sandra Cecília Peradelles
No amanhecer de uma segunda-feira qualquer eu acordei sem teto, sem chão. Minha cama flutuava no mar aberto, meu lar. Uma chuva caía torrente do invisível firmamento, me inundei. Por consequência, eu desaguava em enxurrada num abismo que formou cachoeiras das palavras que eu não disse e dos sonhos que me acovardei a buscar. Tudo para mim naquela manhã triste era não estar e não ser.
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