
O presidente russo, Vladimir Putin, propôs reiniciar as negociações diretas de paz com a Ucrânia. A reunião deve ocorrer em Istambul, na Turquia, na próxima quinta-feira (15), "sem condições prévias". A declaração foi dada a jornalistas, no Kremlin, na madrugada deste domingo (11), no horário de Moscou.
Os comentários foram feitos depois que líderes de quatro grandes países europeus ameaçaram aumentar a pressão sobre Putin se ele não aceitar um cessar-fogo incondicional de 30 dias na Ucrânia, oferecido neste sábado (10), em uma forte demonstração de unidade com Kiev.
O conflito entre Rússia e Ucrânia teve início em 2022. O progresso no fim da guerra de três anos parece ilusório desde que Donald Trump retornou à Casa Branca, e suas alegações anteriores de avanços iminentes não se concretizaram. O presidente americano já pressionou a Ucrânia a ceder território à Rússia para acabar com a guerra, ameaçando desistir caso o acordo se tornasse muito difícil.
Desde o início das negociações mediadas pelos Estados Unidos (EUA), a Rússia manteve as investidas ao longo da linha de frente de aproximadamente mil quilômetros, incluindo ataques mortais em áreas residenciais sem alvos militares óbvios.
O cessar-fogo incluiria a interrupção dos combates em terra, no mar e no ar. Os líderes europeus ameaçaram aumentar as sanções, inclusive nos setores bancário e energético da Rússia, se Putin não cumprisse.
A prioridade era tornar muito custoso para a Rússia continuar lutando na Ucrânia, disse mais cedo o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha. Quando questionado sobre como o mecanismo de monitoramento funcionaria, ele afirmou que "os detalhes ainda estavam sendo discutidos".