Três ou quatro laterais. Quatro ou cinco zagueiros. Um centroavante de ofício ou um jogador de mais mobilidade. As dúvidas que devem estar passando pela cabeça do técnico caxiense Adenor Bachi, o Tite, às vésperas da divulgação da lista dos 26 jogadores da Seleção Brasileira que irão ao Catar, têm muito mais de aspectos táticos e de formatação de elenco do que propriamente questões técnicas.
Das 26 vagas, 18 tem aquele passaporte carimbado: Alisson, Weverton, Ederson, Danilo, Alex Sandro, Marquinhos, Thiago Silva, Militão, Fabinho, Casemiro, Bruno Guimarães, Fred, Paquetá, Vinícius Júnior, Neymar, Richarlison, Antony e Raphinha. Os demais ainda vivem a ansiedade de ver o nome na lista final. O caxiense Alex Telles é um dos que dificilmente ficará de fora, especialmente após a lesão de Guilherme Arana, e por ter apresentado bom desempenho nos amistosos.
Everton Ribeiro, Coutinho e Gabriel Jesus são jogadores de confiança de Tite, mas pode ser que o treinador opte por apenas um dos meias. Os grandes pontos de interrogação estão na zaga, onde Bremer, Ibañez, Felipe e Gabriel Magalhães parecem brigar por duas vagas (caso não seja convocado outro lateral-direito), e no ataque, com Pedro, Matheus Cunha, Firmino, Martinelli e Rodrygo no páreo. O atacante do Flamengo e o jovem do Real Madrid dificilmente ficarão de fora. Os outros três podem estar concorrendo por uma vaga.
O fato é que dificilmente Tite chamará alguma novidade, um atleta que não tenha sido testado e aprovado por ele. Com 26 relacionados, o treinador poderá ter opções diferentes para o decorrer das partidas, especialmente para o ataque, e esse tende a ser o setor mais valorizado pelo bom desempenho dos atletas nesta reta final de ciclo.