Mayra Aguiar e Rebeca Andrade emocionaram. Não apenas pelas conquistas nos Jogos de Tóquio, mas pelas histórias de superação carregadas por ambas até chegar na medalha de bronze e prata, respectivamente.
Mayra é um fenômeno, uma gigante do esporte. Com 29 anos, está na sua quarta Olimpíada e subiu ao pódio pela terceira vez. Só que nesta nova oportunidade, além da pandemia e das dificuldades impostas a todos atletas em sua preparação, a gaúcha precisou operar novamente o joelho após uma grave lesão, em setembro de 2020. Recuperação, dedicação e fé em um retorno no mesmo nível que antes. E o bronze só reafirmou o seu talento.
O mesmo roteiro vale para Rebeca. Em 2014, quando venceu o Troféu Brasil de Ginástica, em Bento Gonçalves, com apenas 15 anos, ela já era considerada uma fora de série. Chamava a atenção pela potência física e desenvoltura, mesmo tão jovem. Era considerada o grande nome da "nova geração", após o sucesso de Daiane dos Santos, Danielle Hypólito e Jade Barbosa.
Só que as lesões graves (foram três no joelho) a fizeram precisar ter ainda mais força antes de brilhar. E, Em Tóquio, depois de tantos percalços, ao som do Baile de Favela, veio a coroação inicial, já que outras medalhas ainda poderão chegar, nas disputas por aparelho.
A hora dela, enfim, chegou.