O investimento no plantio de amora nas últimas décadas irá render a Campestre da Serra o título de capital gaúcha da fruta. O projeto que dá o título ao município foi aprovado pela Comissão de Assuntos Municipais da Assembleia Legislativa e depende agora da sanção do governador.
São mais de 100 hectares de área cultivada por cerca de 150 produtores — quando a expansão começou, em 1996, eram apenas seis. A produção anual é de 1,5 milhão de quilos e a meta é alcançar 2 milhões de quilos até 2023. Em 2021, a receita com a venda de amora foi de R$ 8 milhões. O período de colheita é novembro e dezembro.
Conforme o secretário da Agricultura, Indústria, Comércio e Meio Ambiente, Tairo Balardin, Campestre é a maior produtora de amora do Estado e uma das principais do país.
— Temos 3,5 mil habitantes, somos um município bem pequeno, mas nossa produção rural é muito grande, nossa agricultura é muito forte. Ser o maior em produção em algo nos orgulha, e isso é tudo por causa do nosso produtor rural que trabalha muito, que sempre busca novidades e diversificar a produção. É um salto muito bom para a venda, porque nossos produtores poderão gerar um selo, uma marca diferenciada — destaca.
Entre os principais compradores de amora estão Caxias do Sul e Vacaria. Aliás, foi a Italbraz, de Vacaria, que percebeu o potencial de Campestre para o plantio de amora. A empresa produtora de frutos pequenos identificou boas condições para o cultivo.
Campestre planta as variedades tupy e caygangue na cidade e vende também para os estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo. Desde o ano passado, o município celebra a produção com uma festa típica. A 1ª Festa Municipal da Amora foi realizada em novembro de 2022 e ocorre a cada dois anos.
A maior produção da cidade é de uva: 20 milhões de quilos por ano. Campestre produz ainda pêssego, ameixa e caqui.
Ideia
O projeto de lei foi uma iniciativa do então deputado Sérgio Turra e teve sequência com deputado estadual Guilherme Pasin.