Essa eleição projeta um nome central no cenário político nacional: o da candidata do MDB à Presidência, Simone Tebet, terceiro lugar no primeiro turno. Desde a primeira hora, no segundo turno, Tebet assumiu um lado, junto de Lula, mas, diferentemente de Ciro Gomes (PDT), que se limitou a anunciar que seguia a orientação do partido em segundo turno, a emedebista participou ativamente da campanha de Lula. Diferentemente, também, de muitos colegas de partido, como em Caxias do Sul, onde nenhum emedebista anunciou apoio a Lula. A orientação nacional foi a liberação de filiados e simpatizantes
O gesto de Tebet não será esquecido por Lula. Como o petista já disse que essa foi sua última eleição, Tebet se projeta com força no cenário nacional tendo 2026 no horizonte.
Para 2026, o governador recém reeleito do RS, Eduardo Leite (PSDB), que tem pretensões nacionais, terá seu espaço fechado por Simone Tebet. Leite cometeu atropelos na tentativa de se credenciar à Presidência. Foi apressado e perdeu a vez. Tebet ocupa o mesmo espectro político de Leite, tem a preferência e ocupará, sob a presidência de Lula, espaço político central: desempenhará papel fundamental para ajudar a unificar o país e aproximar forças políticas, que agora ficaram longe de Lula, de um projeto nacional.